PENSO na bárbara invasão da Ucrânia e em tantas guerras noutras zonas do globo, no século XX -XXI. E o que é a História?!...
Muitas omissões da União Europeia, que só pensou no euro. Basta ver que a União Europeia se recusou, por maioria, a Inscrever no Prefácio do seu Tratado a referência às raízes judaico-cristãs da União Europeia. Com que VALORES a Europa se apresenta ao mundo? Que autoridade moral tem? A Europa tem pecado muito por Omissão e isso é muito grave.
E onde está, na letra e no espírito, a “Declaração Universal dos Direitos do Homem”, proclamada pela Organização das Nações Unidas, em 1948.
Onde está a Consciência da Humanidade? Onde está a Consciência Histórica? Onde está a Educação Histórica?
Quem pode atirar a primeira Pedra?
O Ocidente deixou-se seduzir pela Perestroika e pela Glastnoss, de Mikael Gorbatech, mas esqueceu-se do que afirmou o Professor Doutor José Enes, em 1989/90: “A Rússia não renuncia à sua mundividência marxista”. Eis o perigo na História. Agora há a nostalgia pelo Império Soviético com Valores definidos, marxista e anti-humanistas. Mas onde está o Vigor e a Força dos Valores Democráticos do e no Ocidente? Urge não o Estado de Direito mas os Estados de Direito Democráticos. Temos cada vez mais democracias sem democratas. E sem Referências não há Horizonte, no Caminho da Liberdade, da Co-Responsabilidade, da Paz, da Justiça, da Fraternidade, da Amizade. Onde estão os líderes, de rasgo, da União Europeia no Ocidente? E urge (re)pensar o que é o Ocidente.
“O que é o Ocidente?”, um livro de Roger Pol-Droit, que nos dá a ver os lados de luzes e e sombrios.
Edgar Morin tem escrito e denunciado a Barbárie.
O Humanismo só o é de “carne e osso”, da pessoa concreta, mas sempre defendida na Humanidade de si e em si. Por isso há os “crimes contra a humanidade”, cometidos contra a pessoa concreta.
Há casos, como o da Ucrânia, em que devia ser possível o “direito de ingerência” mas o problema é se essa prática se tornaria numa “Caixa de pandora”. É preciso muita Prudência e Sabedoria.
O Homem voltou as costas a Deus, como tantas vezes afirmou e deu a ver Bento XVI, um nome que teve um significado simbólico e premonitório, próprio de um Génio e de um Verdadeiro Homem de Deus.
Publicado originariamente, no dia 2 de maio de 2022, no FB na Página pessoal de Emanuel Oliveira Medeiros
* Doutorado e Agregado em Educação e na Especialidade de Filosofia da Educação
Emanuel Oliveira Medeiros
Professor Universitário*