Bolieiro reitera apoio a Faria e Castro
Diário dos Açores

Bolieiro reitera apoio a Faria e Castro

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O Presidente do Governo dos Açores reiterou que não existe, “até ver”, problemas legais e éticos na actuação do Subsecretário Regional, acusado de ser sócio de uma empresa a que o Executivo adjudicou contratos.
“Um problema de legalidade está fora de questão, até ver. O que está visto confirma a legalidade. Também sob ponto vista ético não vejo problema porque não há contratação própria. É o normal percurso da contratação pública. As pessoas têm vida para além da política”, afirmou José Manuel Bolieiro.
O líder do Executivo açoriano falava à margem de uma audiência na sede da Presidência em Ponta Delgada, após ter sido questionado se a mulher de Faria e Castro continua a ser administradora da empresa.
Na Quinta-feira, o líder do BE/Açores, António Lima, revelou que o Governo Regional adjudicou vários contratos por ajuste directo a uma empresa de segurança que na altura dos contratos era detida, em parte, pelo Subsecretário Regional da Presidência.
Realçando que a “vida pessoal e profissional dos membros do Governo é com cada um”, José Manuel Bolieiro disse ser “exigente quanto ao cumprimento da legalidade” e à promoção de um “sentido ético da política”.
 “Até ver, confio na honorabilidade do doutor Pedro Faria e Castro e no que me foi confirmado relativamente à legalidade das operações”, destacou.
O líder regional considerou que a política também “tem de ser feita com pessoas que têm a sua vida pessoal e profissional” e disse estar dedicado em “governar bem em tempos muitos difíceis”.
“Se um dia ficar colocada em causa a legalidade, a ética e a transparência, cá estou eu para fazer o juízo e agir”, salientou.
Na Quinta-feira, o líder do BE/Açores revelou que Pedro Faria e Castro foi “até Maio de 2022 sócio de uma empresa de segurança privada”, a Trust Lda., detendo um “capital que variou entre os 60 e os 83 mil euros, ou seja, entre um quarto e um terço do capital da empresa”.
António Lima adiantou ainda que “mais de 73% dos contratos públicos da Trust desde que a empresa foi criada foram assinados depois de Faria e Castro ter tomado posse como membro do Governo Regional”.
Para o BE, é uma “vergonha que uma empresa pertencente a um membro do Governo tenha tido negócios com o próprio” Executivo açoriano, sobretudo “através do recurso à figura do ajuste directo”.

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