Nova cônsul dos EUA afirma  que importância da Base das Lajes  não vai mudar
Diário dos Açores

Nova cônsul dos EUA afirma que importância da Base das Lajes não vai mudar

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A nova cônsul dos Estados Unidos da América nos Açores, Margaret Campbell, afirmou que a importância da base das Lajes, na ilha Terceira, “não vai mudar”, realçando a “ligação forte” entre os militares portugueses e americanos.
Após uma audiência com o Presidente do Governo dos Açores, em Ponta Delgada, a cônsul reiterou que Portugal “continua a ser muito importante” para os Estados Unidos, tal como a base das Lajes.
“Continua a ser uma base com importância geoestratégica e nós temos uma ligação forte com os militares portugueses lá. E isso não vai mudar”, declarou.
Margaret C. Campbell iniciou funções em 1 de Julho como cônsul dos Estados Unidos nos Açores, um consulado formalmente criado em 1795, tratando-se da mais antiga representação diplomática norte-americana.
Destacando que espera visitar as nove ilhas do arquipélago durante os três anos de consulado, a representante americana nos Açores assinalou que, “por enquanto”, está “encantada com São Miguel”.
“Estou também aqui para manter o relacionamento existente entre o meu país e Portugal e em especial com os Açores”, apontou.
Por sua vez, o líder do Executivo açoriano, José Manuel Bolieiro, salientou a oportunidade de “aprofundar o relacionamento bilateral” entre os Estados Unidos e os Açores, uma relação que não é “apenas estratégica”, mas “igualmente cultural”.
José Manuel Bolieiro realçou ainda que a invasão da Ucrânia por parte da Rússia “impõe uma reflexão estratégica dos aliados” no quadro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), enaltecendo a posição geoestratégica dos Açores.
“A invasão da Rússia na Ucrânia e o novo entendimento e estratégia definida pela NATO compromete-nos cada vez mais, enquanto aliados, à valorização deste ‘atlantismo’ e da própria presença dos Estados Unidos no quadro da NATO como referência para a defesa perante as ameaças”, afirmou.
O Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os Estados Unidos autoriza os norte-americanos a utilizarem a base das Lajes para operações militares no âmbito da NATO.
Ao longo das últimas décadas, os Estados Unidos têm reduzido o contingente militar na base das Lajes, o que causou consequências negativas na economia açoriana.
Em 2015 e 2016, mais de 400 trabalhadores portugueses da base das Lajes assinaram rescisões por mútuo acordo, na sequência da redução do efectivo norte-americano de 650 para 165 militares.

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