Diário dos Açores

Propor na oposição, cumprir no governo

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Os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT), nestes últimos anos, estiveram entre os profissionais que mais se destacaram pelo seu empenho nas funções que desempenharam, tanto pela pressão resultante da pandemia como pelo grande esforço para tentar garantir cuidados básicos de saúde às populações em serviços que no período pré-pandémico já estavam sobrelotados.
A sua carreira foi alvo de alterações. A nova carreira de técnico superior de diagnóstico e terapêutica foi aprovada em 2017 passando de uma carreira de Técnico de Diagnóstico e Terapêutica para Técnico Superior de Diagnóstico e Terapêutica. Estes mesmos profissionais lutaram pela passagem da carreira técnica à carreira técnica superior e, assim, conseguiram na academia o reconhecimento da sua formação, o reconhecimento da sua mais-valia e o reconhecimento da sua formação académica. Após a sua conquista na academia, faltava a conquista na sociedade, através de uma valorização profissional. O CDS propôs, em 2020, pelas mãos de Artur Lima, a valoração de um ponto e meio por cada ano de serviço a partir de 2009 e a harmonização da anterior carreira com a nova, permitindo uma redistribuição justa nas diferentes categorias. Em 2020 a proposta foi chumbada pela maioria do Partido Socialista e só em 2021, com a alteração do governo, foi possível atribuir-lhes essa contagem.
Foi agora aprovado o decreto legislativo, neste último plenário de julho, que estabelece as regras e os procedimentos relativos ao processo de descongelamento da carreira especial de TSDT, a adotar pela administração pública regional e pelo setor público empresarial da Região Autónoma dos Açores. Esta medida irá abranger a totalidade dos 196 trabalhadores em funções públicas. A coerência política é importante para a região, porque só assim os eleitores sabem com quem, previsivelmente, podem contar. O CDS honrou os seus compromissos. Foi na oposição que propôs esta medida e é no governo que a cumpre.
A continuidade da ação e propositura política é fundamental para que os açorianos, sejam eles profissionais de saúde, jovens ou idosos, saibam com o que é que contam.
A política não deve ser inconsequente, deve-se pautar por valores, por lembranças e por respostas justas aos desafios que a sociedade nos coloca.

Tiago Rodrigues *

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