Diário dos Açores

A inflação

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O primeiro-ministro António Costa anunciou no debate do Estado da Nação que o seu governo vai criar um pacote de apoio às famílias e às empresas para ajudar a combater os efeitos da inflação que, afinal, vai durar mais tempo do que os medíocres líderes europeus, incluindo Costa, previam.
A inflação no país está quase nos 9% e nos Açores já ultrapassa os 6%.
Quer isto dizer, basicamente, que quando um trabalhador, com o ordenado mínimo, chegar ao final do ano, terá perdido um salário.
Em todas as ilhas é notório o galopante aumento dos preços e isto representa uma forte perda de poder de compra para as famílias e um aumento da receita fiscal para o Estado.
Perante este cenário o Governo dos Açores já devia ter actuado, antecipando o impacto deste problema junto das famílias e empresas, em vez de empurrar o problema para a frente.
Falta agir, em vez de reagir...
O Presidente do Governo veio com o argumento de que a baixa de impostos, promovida em 2020, já era uma medida de combate à inflação.
Nada mais enganador. A inflação em 2020 era praticamente inexistente, ficando por uns míseros 0,12%.
É urgente o Governo Regional enfrentar com rigor este problema, que se vai agravar com o aumento das taxas de juro e com a receita de austeridade que Bruxelas já está a preparar para os próximos tempos, a começar pela anunciada poupança de gás.
Só os políticos que não vão ao supermercado e não enchem o depósito dos seus carros é que não estão preocupados com o quadro económico que enfrentamos.
Para eles temos uma  receita que nunca falha: ouçam mais as famílias e menos os assessores.

Osvaldo Cabral
osvaldo.cabral@diariodosacores.pt

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