Diário dos Açores

Previsão de água com forte possibilidade de neve nos Açores

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O XIII Governo Regional dos Açores e a sua legião de seguidores já nos veio habituando a um substancial aumento de água no arquipélago. Por estes dias, o verão anda tímido e intermitente.
O Governo mete água, regularmente, e o resto serão consequências ambientais de más políticas de gestão que vemos espelhadas nos trabalhos indefinidos e mal justificados da Secretaria Regional do Ambiente e das Alterações Climáticas.
Basta espreitar as trapalhadas na duna de Porto Pim ou na Praia da Riviera, para recordar recentes baldes de água fria que parecem gozar com o meio ambiente.
Mas não é essa água que se pretende abordar hoje, sendo antes apenas pretexto para retomar dois assuntos de fundamental interesse para o futuro sustentável das açorianas e dos açorianos. Em primeiro lugar, na sequência de um comunicado da Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, que tornou público o conhecimento de que os trabalhos arqueológicos no Porto de Pipas de Angra do Heroísmo tinham recomeçado. O Bloco de Esquerda Açores não pode deixar de se congratular com a novidade, ainda que nada tenha feito a mais do que cumprir o seu papel, relembrando este Governo do facto de ter responsabilidades para com as gentes e as memórias coletivas das nossas ilhas.
Aguardamos com atenção os resultados do trabalho e as medidas de valorização do património descoberto, que certamente o Senhor Diretor Regional dos Assuntos Culturais irá anunciar em breve.
Estaremos atentas e atentos, como sempre.
E, se neste caso estamos perante uma “bola de neve” que poderá ser apelativa para a Região, quando olhamos para o futuro da SATA a neve parece ser outra bem diferente. Sabemos, neste momento, que o plano de reestruturação da nossa empresa passará por torná-la privada. Sabemos que isso irá prejudicar a comunidade que utiliza esses serviços, forçando-a a pagar mais, por menos, e a ser tratada como mercadoria, à boa maneira exploratória do mercado dito livre. E se tudo isso já é mau, passamos também agora a saber que o processo irá levar ao despedimento um número ainda não assumido de pessoas. Pessoal que trabalha em terra, maioritariamente, e que se responsabiliza pelo tratamento das e dos passageiros e das suas bagagens. Mais desempregados, atirados aos lobos pela incapacidade deste Governo Regional, que prefere números a vidas. Mas só os números que lhes derem jeito, até porque, como se vê no aeroporto de Lisboa por estes dias, a falta de pessoal costuma trazer consequências malignas para todas e todos. É uma bola de neve monumental que se aproxima dos Açores, acompanhada de casos e mais casos onde o executivo governamental insiste em meter água.
O verão prevê-se invernoso. Esperemos que chegue o sol, nem que seja na próxima vez que formos às urnas.

 

*Deputada do BE na ALRAA

Alexandra Manes*

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