Governo desmente PS sobre centralização da gestão dos Centros de Saúde
Diário dos Açores

Governo desmente PS sobre centralização da gestão dos Centros de Saúde

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A Secretaria Regional da Saúde e Desporto divulgou ontem uma nota afirmando que “lamenta a reiteração da mentira propagada pelo PS, relativamente a uma alegada «centralização da gestão dos centros de saúde do Pico, Faial, Flores e Corvo numa única unidade, acabando com as unidades de saúde de ilha e passando a existir uma única tutela coordenada pelo Centro de Saúde da Horta»”.
“Ao contrário do que o PS afirma, não existe qualquer intenção ou estudo nesse sentido, não passando tais afirmações de mais uma tentativa para fugir às responsabilidades pelo estado em que a governação anterior deixou a saúde dos açorianos”, lê-se na nota governamental.
“Os problemas estruturais do sector na Região, como no resto do país, ao nível financeiro, de recursos humanos, de equipamentos e organizacionais estão a ser combatidos com determinação no sentido de construir um novo sistema de saúde que motive os profissionais e permita respostas mais rápidas e eficazes para os açorianos, independentemente da sua ilha de residência”, conclui o governo.

A nota do PS

Este esclarecimento do governo é uma resposta a um comunicado emitido anteontem pelo PS, em que afirma que “rejeita a centralização e defende manutenção das unidades de Saúde por ilha”.
Marta Matos esclareceu que o PS não concorda com a centralização da gestão dos centros de saúde do Pico, Faial, Flores e Corvo numa única unidade, acabando com as unidades de saúde de ilha e passando a existir uma única tutela coordenada pelo Centro de Saúde da Horta.
 A deputada do PS eleita pela ilha do Pico, acompanhada do deputado Mário Tomé, falava após reunir com o Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Ilha do Pico (USIP), que diz desconhecer esse processo, noticiado nos órgãos de comunicação social e nunca desmentido pelo Governo Regional da coligação de direita.
Marta Matos entende que esta situação, a concretizar-se, irá “lesar diretamente as nossas populações num dos direitos mais básicos, o acesso a cuidados de saúde melhores e mais eficientes”, defendendo que os Conselhos de Administração das USI’s são aqueles que “melhor conhecem as realidades locais, das nossas ilhas”, porque “são os que estão mais próximos das nossas populações e que melhor conhecem as suas necessidades”.
 A parlamentar socialista realçou que nos últimos anos a ilha do Pico teve “ganhos inquestionáveis em termos de respostas e de cuidados de saúde, precisamente graças à existência da USIP” a “um modelo de complementaridade e de conjugação de esforços dos três centros de saúde (Madalena, São Roque e Lajes)”, que conseguiram “rentabilizar os seus meios e os seus recursos, garantindo mais consultas de especialidade, mais equipamentos, medicina interna, a SIV e a hemodiálise, por exemplo”.
 Marta Matos apontou que em ilhas como o Pico, tomar decisões na Saúde baseadas apenas em critérios de custo-benefício é “não estar a governar para as pessoas”. “Defendemos que o modelo atual deve ser mantido e, se possível, aperfeiçoado. A USIP deve continuar a existir com um Conselho de Administração próprio, porque acabar com esta situação seria regredir décadas e regressar a um modelo de gestão administrativa centralista, ex- -distrital, que já não faz sentido a ninguém. Só não pensa assim quem não conhece a realidade de viver numa ilha sem hospital, quem não dá importância a uma saúde de proximidade, quem não promove uma política de coesão regional”, finalizou a deputada do GPPS Marta Matos.

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