Em Portugal, em 2021, de acordo com os resultados definitivos do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, divulgados ontem pelo INE, 10,6% das pessoas viviam em alojamentos em que o número de divisões habitáveis (≥ 4 m2) era insuficiente para o número e o perfil demográfico dos membros do agregado, mais 1,6 p.p. do que no ano anterior.
A percentagem de pessoas que viviam em condição de sobrelotação aumentou na maioria das regiões do país, exceto na região do Algarve e na Região Autónoma dos Açores (menos 2,5 p.p. e menos 2,8 p.p., respetivamente).
Mesmo assim, os Açores são a segunda região do país, depois do Algarve, com a taxa mais alta de sobrelotação de habitação.
Os aumentos mais significativos foram registados nas regiões Norte (mais 2,4 p.p.), Centro (mais 2,1 p.p.) e Área Metropolitana de Lisboa (mais 1,4 p.p.).
Habitar num alojamento sobrelotado era, em 2021, uma condição que afetava principalmente as famílias em risco de pobreza (18,8%) e as famílias residentes em áreas densamente povoadas (13,2%).
Para o mesmo ano, a taxa de sobrelotação da habitação era mais elevada para os indivíduos mais jovens (17,5% para o grupo etário até aos 17 anos), diminuindo com o aumento da idade (10,9% para os adultos e 4,4% para os idosos).