Diário dos Açores

A nobreza de mudar

Previous Article Previous Article Jovem açoriana dos Arrifes integra coro da Jornada Mundial da Juventude
Next Article SATA já transportou 1 milhão de passageiros SATA já transportou 1 milhão de passageiros

Os sentimentos foram, e são ainda, o início de uma aventura chamada consciência.
Antonio Damásio


Mudar é, sem dúvida, uma das coisas mais difíceis para qualquer ser humano. Implica sair da zona de conforto e enfrentar um ego sempre cioso das suas prerrogativas e escravo de um “imparável” apetite.
Sendo, com tudo isso e por isso, um exercício que implica uma grande dose de inteligência, determinação e coragem. E que, tantas vezes, pode fazer a diferença entre a paz e a guerra ou entre a justiça e a discricionariedade.
Foram os sentimentos e as emoções que modelaram a nossa consciência que, por seu turno, abriu as portas à inteligência e à criatividade, ferramentas essenciais para a ascensão das culturas humanas e para o progresso que, ainda hoje, vive da mudança.
A mudança e o crescimento - seja pessoal, social ou político – acontecem sempre fora da zona de conforto, implicando muita resiliência e disciplina. E exigem, inevitavelmente, a capacidade – inicial - de perceber a sua necessidade imperiosa.

A vida é feita de mudanças.

Mas sem perder o fio condutor. E disso bem precisa a nossa sociedade que, tantas vezes, se arrasta numa astenia paralisadora, não sendo capaz de encontrar a – urgente - via das mudanças e das reformas. Sujeita a paradigmas anquilosados que impedem, precisamente, que o “o mundo pule e avance como bola colorida entre as mãos de uma criança”.
Os Açores - como Portugal - bem precisam da bola colorida que pule e avance. Sendo para isso necessário que se juntem esforços e boas vontades, de todos nós, para que a “inteligência só exista quando aplicada a reconhecida” e que as querelas menores deixem de ser o travão do nosso desenvolvimento.
As ameaças que o nosso planeta enfrenta são muitas e bastas. Grande parte delas criadas por nós e que, por conseguinte, compete a nós sanar. Ameaças nucleares, climáticas e tecnológicas que nos poderão privar da nossa casa comum e, consequentemente, da nossa própria existência.
Mas que apenas poderão ser sanadas por mudanças profundas.

António Simas Santos *

Share

Print

Theme picker