Produção de vinho nos Açores cai 10% este ano
Diário dos Açores

Produção de vinho nos Açores cai 10% este ano

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A produção de vinho este ano nos Açores deverá diminuir 10%, segundo os dados fornecidos ao Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).
A explicação está, sobretudo, nas intempéries, com variações climatéricas anormais nos últimos meses, prejudicando a vinha.
A queda de produção nos Açores é maior do que a média nacional, que se fica pelos 9%.
Em várias regiões do país verificam-se fortes quebras de produção devido às ondas de calor, que fizeram estragos em vinhas do Douro e de Lisboa, estimando-se uma quebra da ordem dos 20%.
Com efeito, o IVV, órgão português que regula o vinho no país, estima que a produção de vinho da safra 2022 tenha uma queda de 9% em relação a 2021, explicando que o forte calor que atingiu a Europa nesse verão do hemisfério norte é o principal responsável pela quebra.
A previsão é de 6,7 milhões de hectolitros.
Apesar da queda em relação ao ano passado, há a registar um crescimento de 2% quando comparado com a média das últimas cinco safras.
Das 14 regiões vitivinícolas portuguesas, oito estimam quedas na produção, nomeadamente Setúbal e Alentejo, com uma queda de 5%; Madeira com menos 7%; Açores, Beira Interior e Trás-os-Montes com queda de 10%; e Dão, Douro e Porto e Lisboa com a maior queda, de 20%.
O Instituto da Vinha e do Vinho destaca que, “na generalidade, as uvas apresentam um bom estado fitossanitário, sem registo de doenças ou pragas, como consequência das condições climatéricas verificadas até à data”.
No entanto, “a falta de água e as ondas de calor verificadas acentuam o stress hídrico e térmico, pelo que as condições climatéricas que se verificarem até à vindima serão, ainda, determinantes na quantidade e qualidade da colheita”.
A falta de chuva em Portugal durante o inverno, somada às altas temperaturas que chegaram perto de bater o recorde histórico no verão, trouxe um cenário desafiante aos produtores que estão tendo que se adaptar rapidamente suas práticas e produções.

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