Rendas de casa registam as maiores  subidas nos Açores
Diário dos Açores

Rendas de casa registam as maiores subidas nos Açores

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Inflação vai agravar os preços em 2023

As rendas das casas por metro quadrado aumentaram 2,7%, em Julho, face ao mesmo mês de 2021, mantendo o valor registado em Junho e com todas as regiões a apresentarem crescimentos homólogos, divulgou ontem o INE.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em Julho, “todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo Lisboa e o Algarve registado os aumentos mais intensos (3,0% e 2,7%, respectivamente)”.
Quanto ao valor médio das rendas de habitação por metro quadrado, registou uma subida mensal de 0,3%, acima dos 0,2% do mês anterior.
As regiões com a variação mensal positiva mais elevada foram Lisboa, Açores e Alentejo, todas com taxas de 0,3%, não se tendo observado qualquer região com variação negativa do respectivo valor médio das rendas de habitação.

Rendas vão subir 
mais em 2023

 Segundo estudo do site Idealista, não há boas notícias para os inquilinos. 
A inflação que se faz sentir no país - e que chegou ao máximo de 9,1% em Julho e 6,29% nos Açores - terá impacto no coeficiente de actualização das rendas. 
É em Agosto que o Instituto Nacional de Estatística (INE) publica o valor final que vai contar para o cálculo. 
E a continuar a subir a este ritmo, as rendas das casas poderão subir 5% em 2023.
A actualização anual das rendas é feita de forma automática tendo por base a inflação média dos últimos 12 meses registada em Agosto, excluindo a componente da habitação. 
Este indicador é apurado pelo INE. 
E, segundo os dados publicados na semana passada, a inflação que serve de base para o cálculo da actualização das rendas continua a subir.
O indicador referente ao mês de Agosto só será divulgado a 12 de Setembro, embora o INE deva publicar uma estimativa rápida a 10 de Agosto que não deverá mexer muito com o valor final. 
O coeficiente de actualização das rendas final será depois publicado no Diário da República até 30 de Outubro.
Se a inflação de referência à actualização das rendas se situar em 5% em Agosto, mais de 60% dos portugueses vai sentir um agravamento das rendas entre 10 a 32,50 euros no próximo ano, estimou o ECO.

A posição 
dos senhorios

“A esmagadora maioria dos senhorios, em relação às rendas acima dos 500/600 euros, não lhes passa pela cabeça aumentar a renda”, disse António Frias Marques, Presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP), citado pelo ECO. 
Também Diana Ralha, Directora da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), afirmou que “nenhum proprietário (…) vai querer fazer um aumento que o inquilino não vá poder pagar”, disse citada pelo mesmo meio.
Em Junho, com a inflação a um nível alto mas mais baixo do que o actual, o Governo admitia já estar preocupado com o tema da actualização das rendas, sem se comprometer com nenhuma medida. 
E até agora não foi ainda tomada qualquer iniciativa nesse sentido por parte do Executivo socialista de António Costa. 
Em Espanha, por exemplo, foi implementado em Março um tecto máximo de 2% na subida das rendas, à generalidade dos contratos.
“O Governo acompanha a preocupação que tem sido manifestada pelas várias associações”, disse ao ECO fonte oficial do gabinete de Pedro Nuno Santos. 
Questionado sobre a possibilidade de o Executivo criar uma norma travão, ou algum tipo de medida que impeça que a actualização das rendas no próximo ano dê um salto brutal, a resposta do Ministério das Infraestruturas e Habitação foi: “Neste momento, o assunto ainda está em análise”, segundo contava o jornal.

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