Diário dos Açores

Divirta-se saudavelmente!

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Chegado o esperado período de férias, com os festivais de verão, viagens para novos ou reincidentes destinos, reencontros familiares e com amigos, vivenciam-se momentos de convívio, festa e diversão que, em si, são excelentes ocasiões de promoção do nosso bem-estar psicológico. A par dessa saudável convivência, algumas extravagâncias e excessos podem ser cometidos, nomeadamente quanto ao abuso de substâncias, com especial enfoque no consumo de álcool.
No caso dos jovens, uma das preocupações é o padrão de consumo de bingedrinking (consumo episódico intensivo de álcool) que ocorre particularmente em contextos sociais. Segundo a OCDE “um em cada cinco adolescentes experienciou o estado de embriaguez (15 anos de idade)”.
O álcool é uma droga poderosa. Influencia a perceção e coordenação motora, a visão, reduz o tempo de reação, o pensamento, a capacidade de julgamento e de tomada de decisão, podendo, em casos mais extemos, provocar inconsciência, lapsos de memória e, até mesmo, coma.
Dado que a maioria dos jovens adolescentes estão conscientes de que muitas pessoas bebem sem qualquer problema devem evitar-se as abordagens centradas no culto do medo.
Num dos pilares da intervenção destaca-se a aposta na prevenção, na promoção da literacia em saúde psicológica e, no presente caso, no consumo de substâncias, não circunscrita ao contexto escolar, mas intersectorial. Discutir os efeitos das drogas a curto e a longo prazo, aprender a diferenciar o uso e o abuso de drogas com base nas repercussões para a saúde, desenvolver a capacidade para relacionar-se com os outros sem recorrer ao consumo de substâncias psicoativas e a capacidade de resistir à pressão do grupo, especialmente em situações relacionadas com o consumo de drogas, são algumas das competências a desenvolver nas crianças e jovens.
Fique bem pela sua saúde e a de todos os açorianos!
Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

 

* Presidente da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses

Marco Santos*

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