Nuno Barata diz que reforma proposta para criação da AGRIAZORES é contra a privatização dos matadouros e não retira direitos aos trabalhadores
Diário dos Açores

Nuno Barata diz que reforma proposta para criação da AGRIAZORES é contra a privatização dos matadouros e não retira direitos aos trabalhadores

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O Deputado da Iniciativa Liberal no Parlamento Açoriano, Nuno Barata, afirmou que a proposta de legislação que apresentou para criar a AGRIAZORES (que visa a extinção do IROA e do IAMA e a criação de uma nova sociedade anónima gestora do ordenamento do território rural e dos mercados agrícolas) “é contra a privatização dos matadouros” e “não retira quaisquer direitos adquiridos pelos seus trabalhadores”.
No final de uma reunião com a Direcção do Matadouro da Ilha Terceira e com a Vogal do Conselho de Administração do IAMA e de uma visita às instalações da infra-estrutura da rede regional de abate localizada no parque empresarial da Praia da Vitória, o parlamentar foi claro: “Nada de pessoal nos move contra as pessoas que estão a desempenhar funções de administração, quer no IAMA, quer no IROA, e nada nos move contra os seus trabalhadores. Aquilo que nos move é a intenção de reestruturar este sector, dando competências a uma nova empresa, por extinção das outras entidades, o que vai permitir melhorar toda a sua operação e potenciar aquilo que já se faz bem feito”.
Em declarações aos jornalistas, Nuno Barata elogiou o trabalho desenvolvido pelos gestores e funcionários dos matadouros da rede regional de abate, salientando que a proposta que apresentou no Parlamento para criar uma nova entidade, de capitais exclusivamente públicos, não visa qualquer privatização da exploração dos matadouros das ilhas.
“Não há aqui qualquer tentação de criar uma empresa pública que leve à privatização dos matadouros. Nós somos liberais, somos defensores da iniciativa privada, mas sabemos onde vivemos. Para nós há algo que é sagrado: bens de primeira necessidade, em regime de monopólio, têm que ser públicos, não podem ficar à mercê de qualquer pirata que entre no mercado”.
Sublinhando reconhecer que a mudança provoca sempre muitas reacções, o parlamentar liberal sublinhou que desde que apresentou a proposta legislativa de criação da AGRIAZORES tem existido muita “contra-informação” e “politiquice”, numa tentativa, por parte dos que são contra, “assustar os trabalhadores” e os produtores da Região. “Como é costume nestas coisas há sempre contra-informação, porque quem está contra usa da politiquice para tentar assustar os trabalhadores de que irão perder direitos, assustando os produtores dizendo que isto é o primeiro passo para a privatização dos matadouros nos Açores. Não há que agitar este fantasma. Podem continuar a dizer que a IL quer privatizar isto tudo, porque isto não é verdade”, esclareceu.
Sintetizando, Nuno Barata disse que “o que o IAMA faz, faz bem feito”, apontando que existe “conhecimento das cadeias logísticas, há uma adequação dos meios humanos ao trabalho necessário (até há menos meios humanos do que o que seria desejável) e, por isso, é importante potenciar este conhecimento e esta capacidade que o pessoal do IAMA tem, cumprindo inclusivamente com os objectivos de criação do próprio IAMA”, designadamente ao nível da promoção dos produtos agrícolas regionais.
Para a IL, a promoção dos produtos açorianos em mercados internacionais tem que ser feita utilizando-se os conhecimentos e competências que o IAMA tem, alegando que, por ser um instituto público, esta entidade não se pode candidatar a fundos comunitários para a realização de certames promocionais no exterior da Região, algo que passa a ser possível se a proposta de criação da AGRIAZORES for aprovada e implementada.
“O que se pretende é melhorar ainda mais aquilo que já é bem feito, extinguindo o IROA e o IAMA, que pegar nas competências dos dois e melhorá-las, permitindo ainda reduzir enormemente os custos com as administrações destas instituições”, frisou Nuno Barata.

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