Summer CEmp. Energia e Agricultura marcam 3.º dia
Diário dos Açores

Summer CEmp. Energia e Agricultura marcam 3.º dia

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O terceiro dia do Summer CEmp, escola de Verão da representação da Comissão Europeia em Portugal, arrancou com um peddy paper pelo meio da natureza.
Ao longo do trilho, os participantes iam lendo placas que acabavam por lhes dar as respostas que procuravam. No final, contaram-se os pontos de cada equipa e, para as três melhores (de entre oito), houve direito a prémio: um livro sobre energias renováveis, ou não estivéssemos na Central Geotérmica da Ribeira Grande, uma de apenas duas na ilha (ambas na zona envolvente da lagoa do Fogo), local onde, coincidentemente, se falou sobre energia.
A penúltima manhã deste encontro de jovens focou-se na transição climática e na crise energética actual.
Tema acerca do qual, na noite anterior, Durão Barroso, antigo presidente da Comissão Europeia, já tinha falado, defendendo que “há alguns Estados que não deviam ser tão dependentes do gás e energia russos” e que isso “foi um erro”.
No painel inaugural, Francisco Ferreira (presidente da associação ambientalista Zero) e Paula Pinho (diretora na Direcção-Geral de Energia na Comissão Europeia) defenderam haver margem para deixar os combustíveis fósseis e apostar em energias renováveis.
Para o ambientalista, há exemplos claros de taxas carbónicas que não estão a ser aplicadas e que se reflectem no dia-a-dia.
“As mangas que vêm do Brasil são tão baratas porque provavelmente as empresas e os barcos que as transportam não estão a ser taxados o suficiente em termos carbónicos. As laranjas do Algarve são tão caras porque as taxas estão a ser aplicadas”, explicou. E foi com o mote da transição que o painel seguinte discutiu, em linhas gerais, o futuro das empresas.
Pelas vozes de Bernardo Ivo Cruz, secretário de Estado da Internacionalização, e António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP), o foco esteve na digitalização e na aplicação de novas tecnologias ao serviço das empresas. O líder da CIP voltou a deixar o pedido para mais apoio às empresas, revelando ainda que apresentou ao governo um projecto para a criação de centrais de dessalinização para mitigar a falta de água.
Por sua vez, o secretário de Estado acabou por defender o rumo do país nos últimos anos, sobretudo no campo da digitalização: “Há uns anos, para tirar o bilhete de identidade era preciso todo um conjunto de processos, preencher papéis, etc. Hoje já se carrega num botão e o cartão aparece em casa”, disse, apesar de reconhecer que “as faixas etárias mais velhas com estas ferramentas e deve haver programas que se foquem no aumento dos níveis de literacia digital”.
À tarde discutiu-se a agricultura e o futuro do sector nos Açores, em Portugal e na Europa, e, no final, os participantes acabaram a ordenhar vacas que estavam ali ao lado, simulando um dia na vida de um agricultor local.

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