Promover e proteger a saúde pública deveria estar nas agendas políticas enquanto prioridade. É urgente apostar em abordagens locais através do apoio a organizações civis, associações, cooperativas, entidades recreativas, sem fins-lucrativos e outras que apresentem boas práticas preventivas e promotoras da saúde, para diferentes faixas etárias. Um fator protetor da saúde é o sentido de comunidade, ao qual estão associados sentimentos de pertença, suporte e propósito. Está amplamente estudado que a proximidade geográfica constitui um fator significativo para o desenvolvimento de importantes vínculos e laços afetivos. É necessário alargar as dinâmicas que já existem nas freguesias, aumentar as respostas, os espaços e tempos de estar em comunidade e de coesão social. Quanto menor a coesão maior o sentimento de isolamento e solidão.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde é um direito humano, um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas ausência de doença. Esta Organização define aindabem-estar, como um estado que permite às pessoas realizarem as suas capacidades e potencial, lidarem com o stresse normal do dia-a-dia, trabalharem produtivamente e contribuírem ativamente para a sua comunidade. As próprias comunidades devem disponibilizar atividades positivas, espaços de interação, partilha de saberes, apresentação de talentos, espaços promotores de sentimentos como aceitação, valor, apoio e segurança e consequentemente do bem-estar individual e social.
Os psicólogos comunitários podem ter um importante papel junto dos poderes locais e regionais, na construção e implementação de sinergias entre estes e instituições de diferentes setores, bem como no desenvolvimento do capital social das localidades.
Carla Rocha
Fique bem, pela sua saúde e a de todos os Açorianos!
Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.