EDA vai investir 181 milhões de euros em energias renováveis com sistema de reserva de baterias
Diário dos Açores

EDA vai investir 181 milhões de euros em energias renováveis com sistema de reserva de baterias

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A Empresa de Eletricidade dos Açores (EDA) vai investir, de 2022 a 2026, cerca de 181 milhões de euros em energias renováveis, avançando com um sistema de reserva rápida do tipo BESS (baterias), revelou o grupo.
De acordo com o Plano Estratégico Plurianual e Orçamento para 2022, estima-se que, a partir de 2026, seja reduzida a emissão de cerca de 304 mil toneladas por ano de gases com efeito de estufa face aos investimentos em energia verde.
Os responsáveis pela eléctrica açoriana, grupo de capitais mistos, referem que está previsto “um extenso plano de novos empreendimentos em aproveitamentos de energias renováveis e sistemas de reserva rápida do tipo BESS (baterias), de que resulta um investimento total de cerca de 181 milhões de euros, e que, no actual estado de desenvolvimento das tecnologias conhecidas, maximiza a penetração de produção renovável nos pequenos e isolados sistemas eléctricos dos Açores”.

EDA vai recorrer
a fundos comuntários

A EDA vai recorrer a fundos comunitários para os sistemas de reserva rápida tipo BESS (baterias), a instalar nas ilhas Terceira e São Miguel, orçado em 31,7 milhões de euros, a partir do Plano Operacional dos Açores 2014-2020, a par de 22,5 milhões provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para as restantes ilhas.
Fica de fora a Graciosa, “em virtude de, nesta ilha, estar já em exploração o projecto desenvolvido pela Graciólica”.
O grupo prevê que este investimento “possa potenciar o aumento, em 2026, da parcela correspondente à emissão com base em energias renováveis, de cerca de 34%, estimado para 2021, para próximo dos 56%, no total dos Açores”.
“Se se incluir a componente prevista de energia eléctrica produzida a partir da incineração de resíduos, aquele valor poderá ascender a cerca de 61% e, caso surjam, entretanto, mais produtores independentes de energias renováveis - e ou a produção distribuída venha a ter um impacto significativo nos próximos anos -, este poderá mesmo ser ultrapassado”, refere-se no documento.

Evitar emissão de 134 mil
toneladas de dióxido de carbono

A EDA estima que com o seu plano de investimentos possa evitar a emissão de cerca de 134 mil toneladas de dióxido de carbono por ano.
O objetivo é que, “a partir do ano 2026, seja possível evitar a emissão de um total de cerca de 304 mil toneladas por ano de gases com efeito de estufa”.
Os proveitos da EDA deverão ascender a 244 milhões de euros em 2022, dos quais 85% resultarão de vendas de energia eléctrica e da compensação tarifária relativa ao processo de convergência dos preços entre a Região e o continente, de acordo com o documento.
Prevê-se que as prestações de serviços totalizem cerca de nove milhões de euros, contribuindo para um volume de negócios consolidado de 241 milhões.
O grupo deverá apresentar, em 2022, um resultado operacional na ordem dos 14 milhões.
O resultado líquido do exercício deverá ascender a cerca de 8,3 milhões de euros, em 2022, segundo as previsões da empresa refletidas no documento.

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