Empresários e parceiros económicos alertam que economia dos Açores é grave e pobreza mantém-se elevada
Diário dos Açores

Empresários e parceiros económicos alertam que economia dos Açores é grave e pobreza mantém-se elevada

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O Fórum Empresarial dos Açores, que engloba a Câmara do Comércio e vários parceiros, esteve reunido e concluiu que situação em que se encontra e economia e as empresas “é grave já que muitos dos apoios prometidos e devidos às empresas nunca terem chegado”.
O Fórum considera como aspectos negativos o facto da economia dos Açores continuar a divergir da economia nacional e europeia, os índices de pobreza continuam muito elevados, a crescente prevalência de insegurança, resultante do consumo de estupefacientes; o consequente aumento da instabilidade social, por via da pobreza e da exclusão social; o relacionamento com o Governo da República evidencia divergências com implicações negativas para as empresas e as famílias, sendo sintomático disto, o não alargamento aos Açores da compensação para o aumento do salário mínimo, a estanquicidade da aplicação dos fundos que leva à exclusão dos Açores de diversas medidas nacionais, a ausência de qualquer apoio no financiamento dos custos acrescidos da pandemia, contrastando com os apoios concedidos, por exemplo, no caso dos danos causados pelo Furacão Lorenzo; a não existência de soluções visíveis para a resolução do problema da formação e para o problema da escassez de mão-de-obra disponível; a falta de uma visão estratégica para a retoma do turismo, sendo sintomática a ausência de conhecimento da revisão em curso do POTRAA e do PEMTA; o desconhecimento total dos contornos do PO2030, um instrumento fundamental para o futuro dos Açores; a confirmação dos impactos demográficos negativos acumulados ao longo da última década; a falta de uma estratégia para a mitigação e mesmo reversão da regressão demográfica nos Açores; a falta de uma estratégia consistente de captação de investimento externo.
Como grandes objectivos a prosseguir o Fórum considera a recuperação das empresas para a sustentabilidade do emprego; a criação de uma base económica mais forte para o futuro, reforçando e modernizando os pilares existentes e desenvolvendo novas atividades; a implementação essencial do princípio de que só através da iniciativa privada a economia da região irá crescer; o combate da ideia que estamos perto do ponto de saturação da oferta turística, afirmando a importância deste sector para a geração de empregos e de riqueza, baseada na exportação; a intensificação do esforço de promoção da região nos mercados emissores de turismo, e também da necessária promoção dos produtos nos mercados destinatários de exportações; a recuperação do atraso na implementação das medidas do PRR, designadamente as direcionadas à recapitalização das empresas e a transição energética.

Prioridades do Fórum para várias áreas

Como áreas de intervenção prioritária o Fórum considera, entre outras reivindicações, no PO 2030/PRR, alinhar uma concertação urgente com as associações empresariais das linhas prioritárias e estratégias de desenvolvimento com base nos recursos do PO2030, abrangendo uma estratégia de inovação, no turismo, a reedição urgente das medidas de apoio às empresas afectadas pelas consequências da pandemia, nomeadamente o Apoiar.pt à semelhança do que acontece ao nível nacional para o turismo, na transição digital a implementação urgente de um plano de requalificação e de formação para a adaptação dos recursos humanos dos Açores para a transição digital, nos custos de contexto a habilitação de um mecanismo compensatório aplicável nos Açores que compense os encargos adicionais do acréscimo do salário mínimo, face às empresas do continente, seja pelo salário base, seja pelo acréscimo de 5% decretado na Região e nos transportes implementar um sistema “interline” para o acesso de qualquer passageiro a todas as ilhas; concluir, com audição das associações empresariais, o estudo do sistema de transportes marítimos de carga e de passageiros abordando de forma integrada os problemas de cada ilha e promovendo o mercado interno;  contemplação de ligações marítimas de passageiros a todas as ilhas; necessidade de clarificação do transporte aéreo de mercadorias.

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