Pernoitas em casas de famílias é o maior  problema dos romeiros este ano
Diário dos Açores

Pernoitas em casas de famílias é o maior problema dos romeiros este ano

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O Bispo de Angra afirmou que está “disponível” para caminhar com os romeiros, expressou “comunhão” e o “desejo de aprender”, no retiro anual dos Romeiros de São Miguel, que antecede as romarias quaresmais, realizado em Lagoa.
“A minha presença pretende expressar a minha comunhão, o meu desejo de aprender e, sobretudo, dizer-lhes que estou disponível para caminharmos juntos e aprender deles a por os pés de forma correta, pois no caminho procuramos sempre ser melhores”, disse D. Armando Esteves Domingues aos jornalistas, divulga o sítio online ‘Igreja Açores’.
O retiro anual dos Romeiros de São Miguel, encontro de reflexão, meditação e celebração, realizou-se domingo, na escola Secundária da Lagoa, e juntou cerca de 200 romeiros – mestres, contramestres e procuradores das almas – da maior parte dos 53 ranchos da ilha, conforme ilustra a foto nesta página, da autoria de José Maria Sousa.
“Estou aqui para saudar esta expressão da nossa espiritualidade, que já tem 500 anos, mas que para mim é uma novidade”, acrescentou o bispo de Angra.
O Movimento de Romeiros de São Miguel está a comemorar ‘500 anos das Romarias Quaresmais’, neste ano pastoral 2022/2023, com um programa diversificado de celebração, formação, convívio e peregrinação, desde o dia 1 de outubro.
‘A Paz é o Caminho’ foi o tema do retiro orientado pelo padre José Júlio Rocha, assistente da Comissão Diocesana Justiça e Paz, que falou da “paz como caminho e como encontro”, a partir de algumas passagens bíblicas, “dos Discípulos de Emaús, cujo caminho é sempre a descer”, e do encontro de Jesus com o jovem rico e com Zaqueu, dois textos muito “importantes”.
“A pandemia foi esta descida para Jerusalém: Os romeiros não puderam sair, tiveram de parar e foi com certeza um momento difícil; nós só encontramos paz caminhando com Jesus, indo ao seu encontro”, explicou o sacerdote, que “tem uma paixão pela espiritualidade que se vive nas romarias, entre romeiros”, e foi a terceira vez que orientou este encontro.
Este ano, os ranchos vão regressar às romarias quaresmais e percorrer as estradas da ilha açoriana, durante sete dias, de 25 de fevereiro a 6 de abril, entre o primeiro sábado da Quaresma e Quinta-feira Santa, três anos após terem sido interrompidas e posteriormente canceladas devido à pandemia Covid-19; Em 2020, saíram apenas os primeiros ranchos.
O portal Igreja Açores informa que, neste momento, o principal problema é com “as pernoitas em casas de famílias”, a pandemia Covid-19 “e o medo têm provocado alguma resistência na possibilidade de acolhimento”, a alternativa são “os salões paroquiais, mas a organização espera que esta seja uma solução de recurso”.
Nas ilhas Terceira e Graciosa também se vão realizar as Romarias Quaresmais, por três ranchos, um de homens e dois de mulheres.
O Presidente do Governo Regional dos Açores assinou um despacho onde “dispensa do serviço” os trabalhadores da Administração Pública Regional que participem nas romarias “nas ilhas Graciosa, São Miguel e Terceira”, neste ano de 2023, “sem prejuízo de quaisquer direitos e regalias, desde que fique assegurado o normal funcionamento dos serviços públicos a que pertençam”.

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