Diário dos Açores

Vida e algumas Memórias: Significação de Educação e Cultura

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Mundo Original: Fonte Inesgotável do Sentir e do Pensar

Antes de nós o Mundo já existe, mas cada um de nós é Original, é o mundo Original, primeiro, límpido nas nossas Origens, nas nossas Raízes e esse é o nosso campo. E é do Campo que vem o experienciar e ver as Novidades, da Terra, isso é a essência da Cultura, que, depois, encontramos nos livros e nas bibliotecas. Mas a essência está no Campo. Também por isso, por mais graus e títulos académicos que se tenha, eles nada significam em relação à Universidade da Vida, da qual promana o fundo do nosso Ser. E um dia o pequeno grande Milagre acontece: dizemos a Primeira Palavra e com ela lavramos mundos ao longo da nossa vida, com o nosso Ser, com a nossa Palavra, trazemos mundo novo ao Mundo. Quem Sou Eu? Perguntamos. Afinal, Só Deus verdadeiramente sabe de nós.
Vejo-me, Eu, Emanuel Oliveira Medeiros, na fotografia, com menos de cinco anos de idade, a cavalo, em cima de uma égua. Ficou-me, desde a infância, o gosto por andar a cavalo, a trote ou a galope, a “pé junto”, como se diz, a correr muito veloz. Tenho saudades. Mas esse também foi um tempo que passou, mas permaneceu. Esse tempo é só meu. O tempo interior é só nosso e, todavia, partilhável.
“Há uma criança em ti que te acompanha sempre. Mantém-na em disciplina para não cometer disparates. Mas não te envergonhes muito dela, atende-a de vez em quando. Porque quando ela te não acompanhar, só já te resta morrer” (Ferreira, Vergílio (1992). Pensar. Lisboa: Bertrand, p. 272, 1ª Edição)

Contemplar o Céu

É preciso reaprender a Contemplar o Céu. O Céu é Universal mas este é Bem Açoriano, que é de todos e não é de ninguém. É Natureza. Nestes nossos Açores, o Azul do Céu fala-nos de um modo único e singular, à profundidade da nossa Alma, que une nove ilhas em diversidade e unidade. Sentir Açores é um Desígnio, no Ar, Mar e Terra, nesse imenso continente criado, em Beleza, na Inspiração da Criação do Divino Criador.
(Publicado, originalmente, na “minha” página do Facebook no dia 14 de fevereiro de 2022)
Memórias Vivas e Atuantes

Sempre gostei - e gosto - muito da Natureza e dos animais. Sou natural dos Ginetes, Terra da Autonomia. É no Campo que colhemos a forte e reveladora metáfora da Cultura. A Cultura enraíza-se na Terra, Princípio de Vida, de onde viemos e para onde voltaremos. Nascer, viver e morrer. Eis o nosso signo, a nossa sina, o nosso sinal. Os sinos dão sinais. Ouvia-os nos Ginetes, ouço-os, aqui, em S. José, na Cidade de Ponta Delgada(S. Miguel/Açores).
Sempre tive muitas pombas. Foi num domingo - num domingo - que fui à casa do Senhor Diamantino, que me ofereceu um casal. Ver os ninhos, o nascer, o crescer, o modo como as pombas alimentam os seus filhos.
Gostava muito de alimentar as pombas, soltá-las do Pombal e comerem também em liberdade. Desde muito menino que sabia que a Pomba é o Símbolo do Divino Espírito Santo.
Depois, tempos da Adolescência, que ganham nova idade e luz nesta fase da vida. Dar de Comer às Pombas.
De novo já começam a reaparecer as pombas na nossa cidade de Ponta Delgada, - sei as razões - que ajudam a dar vida à cidade, Campo de S. Francisco, Avenida, Jardim Padre Sena Freitas (Jardim da Zenite) e noutras zonas.
As Pombas. O Divino Espírito Santo e as nossas Festas, nos Açores e nas Diásporas de Emigrantes. Com Deus a abençoar estes nossos Açores, que temos e somos.
(Publicado, originalmente, na minha página do facebook, no dia 22 de novembro de 2022)
O Olhar, esse Sentido nos cinco sentidos

PENSO nesta afirmação de Vergílio Ferreira: “Nós temos a idade do nosso olhar. Não dos olhos - do olhar, que é consabido “espelho da alma”, ou seja da vida, ou seja da forma de estar no Mundo”. (In Ferreira, Vergílio (1992). Pensar, Lisboa: Bertrand Editora.). Que Beleza. Temos a idade do nosso Olhar, o Olhar Puro, a Beleza da Pureza, de uma Pessoa Idosa que nos ama com o seu Olhar. O Olhar Puro, que traz Luz, é o Olhar do Amor, da Vida. E tpassa, só a luz permanece. E mais do que o futuro, que logo se torna passado, a LUZ que que nos atrai, no fundo de nós, brilha da própria ORIGEM DA ETERNIDADE. E Tudo é Paz.
(Publicado, originalmente, na “minha” página “Emanuel Oliveira Medeiros”, no Facebook, no dia 14 de janeiro de 2022)

Emanuel Oliveira Medeiros
Professor Universitário*

*Doutorado e Agregado em Educação e na Especialidade de Filosofia  da Educação

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