Trabalhadores da NAV dizem que segurança nunca esteve em causa no aeroporto de Ponta Delgada
Diário dos Açores

Trabalhadores da NAV dizem que segurança nunca esteve em causa no aeroporto de Ponta Delgada

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A Comissão de Trabalhadores (CT) da NAV reconheceu ontem que “houve uma falha” na origem dos incidentes que se verificaram nos aeroportos do Porto e de Ponta Delgada, mas sublinhou que a “segurança nunca esteve em causa”.
“A NAV, como prestador de serviços de tráfego aéreo, o [seu] desígnio principal é a segurança. Todas as ações que os trabalhadores da NAV têm, são em prol da segurança aeronáutica e a segurança nunca é posta em causa.
Neste caso, houve uma falha, mas, apesar de todos os equipamentos que possa haver a nível do controlo de tráfego aéreo, há sempre o factor humano”, declarou o presidente da CT da empresa, numa audição parlamentar. Ouvido na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito do requerimento do grupo parlamentar do PCP, sobre “segurança na operação de aeronaves civis”, Luís Reis disse que “esse fator humano há de sempre prevalecer”.
“Tem é de se arranjar - e essas ferramentas vão sendo desenvolvidas - modo a permitir que o resultado de uma falha humana seja o menor possível”, frisou o presidente da CT da NAV, acrescentando que “a segurança que a empresa providencia” é, regularmente, fiscalizada, quer pelo regulador nacional da aviação, quer por organismos internacionais, como o Eurocontrol.
No relatório final, divulgado em Dezembro de 2022, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF) concluiu que houve falhas graves no controlo de tráfego aéreo nos dois aeroportos, que autorizaram descolagens e aterragens quando ainda se encontravam viaturas a realizar inspeção ou manutenção da pista.
Nos “parâmetros de segurança da NAV, dentro do espaço aéreo europeu, estamos muito bem situados, estamos acima da média europeia. Não há que haver receios em relação a esta situação”, vincou o Presidente da CT da NAV, perante os deputados.
Luis Reis indicou que a empresa já adotou, como a esterilização das salas de operação, impedindo, por exemplo, o uso de telemóveis, ou está a adoptar várias recomendações de segurança emitidas pelo GPIAAF, incluindo a aquisição de equipamentos para mitigar os riscos.
”Volto a frisar: a segurança nunca será posta em causa. Existem os elementos, não os suficientes, mas os necessários para realizar o serviço ao nível do exigível para que tudo corra bem.
Esperemos que estas novas aquisições para a NAV também permitam aliviar um bocado o trabalho que tem sido feito pelas pessoas que sempre estiveram na NAV, e que estavam mais exacerbadas de trabalho, e permitam que as coisas corram melhor para todos eles no futuro”, disse o presidente da Comissão de Trabalhadores da NAV”.

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