Diário dos Açores

Vida e algumas Memórias: Significação de Educação e Cultura

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Quando a luz atravessa a noite e se faz lua

Quando a luz atravessa a noite e se faz lua. O luar desperta a nossa admiração, o nosso meditar, o nosso pensar. E o Universo é um Mistério. É O Ser que ilumina o nosso ser, num sondar, num perscrutar a Voz da Terra, da Transcendência. Um ponto luminoso para onde converge o nosso olhar. O Mistério da noite e do dia. O amanhecer é um suave irromper, é o vencer da Luz por entre a escuridão da Noite. O Acontecimento Maior para com a Humanidade foi, antes de nós, o Ato Criador de Deus, Primordial, nos Génesis, com a Luz da Palavra e, depois, a Ressurreição de Cristo, em que a Luz Divina venceu as trevas. Por isso a Vida vence sempre a Morte. Somos feitos de Luz e para a Luz. Mas há que percorrer o Caminho. Que lugar ocupa Deus nas nossas Vidas, Ele que é o Criador da Vida, das nossas vidas?! (Publicado, originalmente, na “minha” Página do Facebook no dia 02 de fevereiro de 2023)

Pessoas, Instituições e Memórias - Freguesia dos Ginetes

Fotografias Evocativas da VIII Festa Jovem - Homenagens aos Presidentes de Junta de Freguesia de Ginetes (desde o 25 de abril de 1974) e ao Padre Dr. António Ferreira Leite. A Cerimónia, pública, ocorreu no dia 29 de agosto de 1999, no Largo do Tanque, mesmo do Centro da Freguesia. Foi uma Iniciativa promovida pela Associação da Juventude de Ginetes, já, então, Declarada de Utilidade Pública pelo Governo Regional dos Açores. A Sessão de Decorações foi Presidida por Emanuel Oliveira Medeiros, então Presidente da Direção da Associação da Juventude de Ginetes. Foi uma Iniciativa memorável e inesquecível, que mobilizou, em força, e com grande Alegria e manifesto Reconhecimento, o Povo dos Ginetes e muitas outras pessoas vindas de diversas localidades. Do Passado vem sempre uma Luz que alimenta o presente e se projeta no Futuro. Entre outros sítios, este evento está devidamente documentado no livro “Um Olhar de Observação sobre os Ginetes”, da Autoria do Dr. António Ferreira Leite, Figura marcante da História e da Vida Coletiva dos Ginetes. Na Ocasião foi Homenageado como “Homem da Igreja, da Cultura e da Educação”. Feliz do Povo e das Instituições que sabem honrar e potenciar os imensos legados, de vivências conhecimentos, vindos do passado, com reflexos no presente, em memórias vivas e atuantes. (Publicado, antes, na “minha” Página do Facebook, no dia 06 de fevereiro de 2022.)

Pessoas, Instituições e Memórias: Patrimónios para o Futuro

O Tempo (em) que vivemos, desde o local ao global, é uma época sem espírito, faltam Pessoas e Figuras que sejam genuinamente Protagonistas, com Fundamento em Princípios e Valores. Onde estão? Não vejo. Esse é o Segredo, que não se compra nem se vende, ou se é, ou não se é. Por isso só sabe mobilizar quem é intrinsecamente líder com idoneidade e carisma. Precisamos de Pessoas Credíveis, um termo tão utilizado, com Propriedade e Probidade, por Bento XVI, Genial Teólogo, Filósofo, Professor, etc, e Papa, uma Figura de Coragem Ímpar, Uma Referência Maior, Singular e Única, para o Futuro da Igreja Católica e do Mundo.
Tenho refletido sobre isso, isto é, o de que esta é uma época sem espirito. Para mim é uma evidência, isto é, a de que estamos numa época sem espírito e sem a vida do espírito. Este Tempo não é, sequer, comparável – no que é de comparar – ao da Idade Média das Luzes do Século XIII. Século de grande expansão e desenvolvimento, em termos educacionais, culturais, comerciais, mercantis, etc. Século da Fundação das Universidades. A Universidade que, na sua Essência, não é fiel aos seus princípios definha, mas isso não acontece enquanto os princípios fundadores – seja onde for - forem atuantes e é da natureza das instituições conservarem, em dinamismo, o ADN e o Espírito de quem as fundou. Aí está o segredo da fecundidade do futuro. Só o Passado de Luz projeta a Essência do Futuro que está para acontecer, mas já é em Potência nas Forças Fundacionais. Daí a Importância das Figuras – mesmo depois de partiram – porque, se foram Grandes, deixam sempre Obra, que constitui a Seiva que alimenta os Magnos Projetos, se sabiamente apreendidos e desenvolvidos. Por isso se assiste, por toda a parte, à multiplicação de iniciativas de índole científica sobre as Obras Memoráveis dos que já partiram mas com as suas obras permanecem vivos, atuantes e a inspirar caminhos, desde logo junto dos seus discípulos, e a partir dos seus discípulos e demais agentes com a clarividência da historicidade. É um fenómeno que podemos constatar a toda a prova e constitui, aliás, uma necessidade profunda do nosso tempo, para que se possa regenerar o Espírito que dão vida às instituições.
A essa distância sabemos que a Idade Média teve grandes Figuras. Tomemos como exemplo S. Alberto Magno e S. Tomás de Aquino, esse grande Teólogo, Filósofo, Professor, Místico e Santo. Cada vez mais sinto que a maior força genésica da atualidade está no passado, em vários períodos do passado, com grandes Figuras, com as quais continuamos a dialogar, num sentido prospetivo. Tenhamos como Referência os Poetas e Filósofos da Antiguidade Clássica como, por exemplo, Píndaro, Sócrates, Platão e Aristóteles. Continuo a sentir que numa fase de desmantelamento e des-identificação de muitas instituições, por esse mundo fora, são as pessoas e a figuras os verdadeiros patrimónios que se hão-de transmitir de geração em geração, também num diálogo entre gerações e profissões, em Educação e Cultura.

Emanuel Oliveira Medeiros
Professor Universitário*

*Doutorado e Agregado em Educação e na Especialidade de Filosofia  da Educação

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