O Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas recebe, nos dias 29 e 30 de Abril, pelas 18h, a apresentação da performance multidisciplinar do Projecto 432 Hz, com direcção artística Andreia Sousa, Emanuel Cabral, Gianna De Toni e Mónica Reis. Nesta performance a arte e ciência fundem-se com o objectivo de sensibilizar a população para a conservação e protecção dos recursos naturais e patrimoniais do mar dos Açores.
Juntam-se a esta performance artística interactiva intérpretes músicos, artistas visuais e das artes performativas: música: Raquel Faria (harpa), Margarida Custódio (violino), Júlia Silva (violino), Matilde Rodrigues (viola), Pedro Raposo (violoncelo), André Gonçalves (contrabaixo), Diogo Bouça (piano), Andreia Sousa (ocean drum) e Mónica Reis (sintetizador).Visuais: Katarina Rodrigues, Sara Rodrigues e Roberto Amato e Declamação: João Malaquias.
Quando pensamos no oceano, pensamos no que ele nos oferece – calma, sensação de segurança, tranquilidade… além disso, é ele que fornece mais de metade do oxigénio disponível no planeta Terra, indispensável à nossa sobrevivência. E nós? O que lhe oferecemos? Plástico, metal, restos de redes de pesca, material tóxico, e também, outro enorme contributo humano, muitas vezes ignorado, o Ruído.
A poluição sonora gerada diariamente no oceano coloca em risco inúmeras espécies marinhas e, como consequência, coloca em causa a nossa existência. Os cetáceos desempenham um papel fundamental no ecossistema marinho e na mitigação às alterações climáticas, mas a sua sobrevivência depende da comunicação: para se deslocarem, reproduzirem, e se alimentarem. O planeta Terra funciona como um todo, onde cada elemento, por mais insignificante que pareça ser, exerce uma função imprescindível. Estamos a chegar a um beco sem saída. Compete-nos a nós eleger em que planeta queremos viver.
O projecto 432Hz é uma analogia à necessidade urgente de consciencializar o ser humano para os problemas ambientais e de os despertar para a importância de agir. Acredita-se que esta é uma das frequências do Universo, a sintonia perfeita, elevando o nível de percepção do ser humano ao seu expoente máximo. Convidamos assim, toda a comunidade a um processo de escuta profunda do oceano – que sobrevive em constante metamorfose, – onde as vocalizações dos cetáceos serão o fio condutor desta enorme viagem que desembarcará numa performance artística interactiva.
Aqui, a arte e a ciência fundem-se com apenas um objectivo: sensibilizar a população para a conservação e protecção dos recursos naturais e patrimoniais do mar dos Açores.