Diário dos Açores

PS defende uso de lucros da EDA para ajudar famílias

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Vasco Cordeiro defendeu que o Governo Regional deve redirecionar a parte que lhe cabe nos lucros da eléctrica açoriana (EDA) para ajudar as famílias e a empresas açorianas a fazerem face, por exemplo, aos custos da energia eléctrica.
O Presidente do PS/Açores e líder parlamentar falava à saída de uma reunião, na Lagoa, com a gerência da empresa Gelvalados, que opera na área do comércio e distribuição de produtos alimentares.
Vasco Cordeiro lembrou que a EDA teve lucros de cerca de 12 milhões de euros no ano de 2022, salientando que o PS/Açores “não está contra a distribuição de lucros pelos accionistas, entre os quais o próprio Governo”, mas que, face à conjuntura que se vive, “faz sentido que Região direccione parte destes lucros para ajudar as famílias e a empresas Açorianas”.
Até porque, prosseguiu, “houve aumentos de 60% no custo da electricidade para as indústrias e para as empresas regionais que recorrem à média tensão e baixa tensão especial”, o que justifica a “necessidade de medidas urgentes que possam ajudar a compensar o brutal aumento dos custos de produção.
O Governo Regional recusa-se a criar um apoio, mesmo que temporário, para ajudar na factura da electricidade e aquilo que defendemos, desde o início do ano, é que esse apoio deve ser criado e posto à disposição de famílias e empresas, mesmo que recorrendo à quota parte da Região nos 12 milhões de lucros da EDA.”
Vasco Cordeiro realçou também a “situação aflitiva que muitas famílias açorianas vivem” e a “necessidade de um apoio efetivo à habitação”.
Referindo-se ao programa de apoio aos aumentos do crédito à habitação criado pelo Governo Regional (CREDITHAB), o Presidente do PS/Açores realçou que este sistema “está mal concebido e tem requisitos demasiado apertados, impedindo assim que as famílias possam ser, efectivamente, apoiadas nas suas prestações do crédito à habitação, que subiram vertiginosamente”.
Vasco Cordeiro recordou que o PS “já apresentou propostas de alteração ao programa, corrigindo injustiças e assegurando que o apoio abrangia mais famílias”, propostas que foram chumbadas pelos partidos da direita, no Parlamento dos Açores.
O líder dos socialistas açorianos apontou que o Governo Regional vai “a reboque das muitas medidas criadas pelo Governo da República do PS, as quais também se estendem aos açorianos”, considerando que “ainda bem que assim é”, mas salientou que o Governo Regional deve ser “mais proactivo como já aconteceu no passado, com a crise financeira da primeira década deste século e com a pandemia aproveitando a Autonomia de que dispomos para ir mais longe e complementar aquilo que a República faz.”

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