Natalidade aumentou nos Açores mas também registou o maior número de mortes
Diário dos Açores

Natalidade aumentou nos Açores mas também registou o maior número de mortes

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A natalidade aumentou nos Açores em 2022, como em todas as regiões do país, com exceção do Algarve (-1,3%). 
Nas regiões Norte (+6,2%), Centro (+5,5%) e Área Metropolitana de Lisboa (+6,0%), a subida foi superior ao valor nacional (+5,1%).
 A Região Autónoma da Madeira registou o menor acréscimo (+0,8%). 
Nos Açores aumentou de 2.043 nados-vivos em 2021 para 2.068 em 2022.
Os dados acabam de ser divulgados pelo INE, acrescentando que, em 2022, a proporção de nados-vivos nascidos fora do casamento, isto é, filhos de pais não casados entre si, aumentou para 60,2%, representando, pelo oitavo ano consecutivo, mais de metade do total de nascimentos em Portugal.
Todas as regiões registaram proporções de nados-vivos fora do casamento acima do valor nacional (60,2%), com excepção do Norte (54,6%) e da Região Autónoma dos Açores (57,7%). 
Em 2022, 64,9% do total de nascimentos corresponderam a mães com idades dos 20 aos 34 anos, 33,2% a mães com 35 e mais anos e 1,9% a mães com menos de 20 anos. 

Açores com o maior número 
de mortes

Entre 2013 e 2022, registaram-se decréscimos nas proporções de nados-vivos de mães com idades inferiores a 20 anos e de mães com idades dos 20 aos 34 anos, respectivamente de 1,6 e de 5,3 pontos percentuais (p.p.). 
Em contrapartida, ao longo deste período, verificou-se um aumento de 6,9 p.p. na proporção de nados-vivos de mães com 35 e mais anos de idade. 
A idade média da mãe ao nascimento de um filho (independentemente da ordem do nascimento) foi 32,2 anos e a idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho foi 30,8 anos.
A mortalidade diminuiu em quatro das sete regiões NUTS II, nomeadamente no Centro (-1,8%), na Área Metropolitana de Lisboa (-5,4%), no Alentejo (-3,6%) e no Algarve (-0,4%). 
Na região Norte e nas regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, registaram-se acréscimos na mortalidade, sendo que o maior aumento se verificou nesta última (+14,6%). 
A maioria dos óbitos ocorreu em idades avançadas: 86,6% dos óbitos corresponderam a pessoas com 65 e mais anos e mais de metade (60,7%) a óbitos de pessoas com 80 e mais anos.
Entre 2013 e 2022, foram registados decréscimos nas proporções de óbitos de pessoas com idades inferiores a 65 anos e de pessoas com idades dos 65 aos 79 anos, de, respetivamente, 2,9 e 2,5 p.p. Em contrapartida, verificou-se um aumento de 5,5 p.p. na proporção de óbitos de pessoas com 80 e mais anos de idade. 
Tal como para o total do país, em 2022, também nas regiões NUTS II, a maior proporção de óbitos ocorreu no grupo etário dos 80 e mais anos, representando mais de 50% da mortalidade em todas as regiões, com excepção da Região Autónoma dos Açores (47,8%). Nas regiões Alentejo e Centro, a proporção de óbitos deste grupo etário foi superior à média nacional (respectivamente 65,2% e 64,8%, contra 60,7%). Em 2022, o aumento do número de nados-vivos e o decréscimo do número de óbitos determinaram um desagravamento do saldo natural, de -45 220 em 2021 para -40 640 em 2022.
 Ao longo do período em análise, Portugal registou sempre um saldo natural negativo. Todas as regiões NUTS II registaram um saldo natural negativo em 2022. 
A região Centro foi aquela onde se verificou o saldo natural negativo mais acentuado (-15 284) e a Região Autónoma dos Açores registou o valor menos negativo (-642). 
 

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