Estima-se que uma em cada cinco pessoas em Portugal sofram de problemas de saúde psicológica e que o estigma associado seja uma das maiores barreiras no acesso a cuidados de saúde mental.
Devido às ideologias de masculinidade e às normas e papéis de género, os homens tendem a evitar comportamentos que associam ao género feminino, como falar sobre sentimentos ou pedir ajuda. Isto leva-os a procurar menos, cuidados de saúde e a demorar mais a recorrer a profissionais de saúde mental. Numa clínica dedicada à área da saúde mental, onde colaboro, 90 a 95% dos utentes são mulheres.
Perante este cenário importa refletir sobre o caminho que estamos a fazer enquanto sociedade. Qual a nossa parte, na construção de uma comunidade onde todos e todas tenham as mesmas oportunidades e acesso a cuidados de saúde, emprego, habitação, lazer e educação?
Individualmente, ouvir um amigo, não julgar um familiar, reconhecer os próprios preconceitos, evitar estereótipos, procurar informação, falar abertamente sobre problemas de saúde psicológica e estimular a partilha de experiências neste campo, pode fazer toda a diferença!
Um homem que afirme que frequenta consultas de psicologia, vai ajudar outros a ganharem coragem para ultrapassar os momentos desafiantes, que pautam a vida de todos, com ajuda especializada.
Se quer saber para que serve um/a psicólogo/a ou como encontrar um/a, pesquise em https://encontreumasaida.pt. No mesmo site, da Ordem dos Psicólogos Portugueses, pode também aceder ao portal EU SINTO.ME onde encontrará informação e recursos sobre Saúde Psicológica e Bem-Estar. Gratuito, para todos e todas, de qualquer idade e a qualquer hora, com informação baseada na evidência proveniente da Ciência Psicológica e actualizada regularmente.
Fique bem, pela sua saúde e a de todos os Açorianos!
Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.
*Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta e Vogal da Direçãoda Delegação
Regional dos Açores
Joana Amen*