A proporção dos residentes na Área Metropolitana de Lisboa que tiveram consultas com especialistas foi maior (56,4%) do que nas restantes regiões e fizeram-no mais vezes no período de referência (25,7% com três ou mais consultas).
Os residentes no Algarve (46,5%) e nas Regiões Autónomas dos Açores (48,2%) e da Madeira (47,6%) registaram as proporções mais baixas.
Os dados são revelados pelo INE no Inquérito sobre as Condições de Vida e Rendimentos 2022.
A percentagem das mulheres que referiram ter consultado um médico especialista (57,8%) era superior à dos homens (46,6%), e a proporção de pessoas que recorreram a médicos especialistas era maior nos grupos etários mais elevados: mais de 60% na população idosa, que compara com percentagens inferiores a 50% na população com menos de 45 anos.
Reformados com mais consultas
A população reformada foi a que referiu maior frequência de consultas médicas desta área (65,9%), por comparação com a população em situação de desemprego (41,2%) ou com emprego (49,0%), sendo também a que referiu maior número de consultas (29,7%).
A população mais escolarizada referiu ter consultado um médico especialista mais vezes (65,0%) do que os que tinham até ao ensino básico (50,8%) e dos que tinham completado o ensino secundário (49,9%).
Consultas com dentistas
No mesmo período, a população em risco de pobreza indicou ter recorrido a estes cuidados de saúde menos frequentemente (43,6%) do que a população sem risco de pobreza (54,2%).
A população residente com 16 ou mais anos que consultou médicos de outras especialidades (excepto dentistas e ortodontistas e medicina geral e familiar) nos 12 meses anteriores à entrevista (2021/2022) foi de 52,5%, proporção ligeiramente inferior à estimada para 2017 (53,1%).
Em 2022, 57,4% da população residente com 16 ou mais anos referiu ter tido uma consulta de cuidados dentários nos 12 meses anteriores à entrevista, proporção mais elevada do que em 2017 (53,4%). Dos que tiveram uma consulta de saúde dentária em 2021/2022, 34,4% fizeram-no uma ou duas vezes e 23,0% fizeram-no três vezes ou mais.
As consultas com dentistas ou ortodontistas eram mais frequentes na população dos 16 aos 44 anos (entre 65% e 68%) e menos frequentes para a população com 65 ou mais anos (menos de 50%), conclui o inquérito divulgado pelo INE.