A companhia aérea de low-cost Ryanair quer abandonar a operação em Ponta Delgada e Terceira e já comunicou a intenção à VisitAzores, soube o nosso jornal de fonte oficial.
O “Diário dos Açores” sabe, também, que o Governo Regional, através da Secretaria Regional do Turismo e Mobilidade, já encetou negociações com a companhia, estando prevista novas reuniões para os próximos dias.
A intenção da Ryanair está a causar alguma apreensão junto dos cerca de 70 colaboradores que possui na base de Ponta Delgadada, alguns dos quais já terão sido avisados pela própria transportadora.
Com efeito, segundo as nossas fonte, a Ryanair, no início de Março deste ano, começou a avisar os trabalhadores da base de Ponta Delgada que a mesma iria ser encerrada no inverno próximo, acrescentando que, mesmo voltando a reabrir num futuro, deverá ser no regime de base sazonal.
A transportadora já retirou todos os voos previstos para o inverno IATA da sua aplicação de reservas, informando os passageiros já com bilhetes comprados que os mesmos tinham sido cancelados .
De acordo com as nossas fontes, a Ryanair terá dado a conhecer à VisitAzores (antiga ATA), com quem possui contrato programa, que, para permanecer, teria de ser revisto o contrato.
A Turismo de Portugal chegou a pagar à Ryanair cerca de 1,5 milhões de euros pela operação da Ryanair na ilha Terceira, ao abrigo do PREIT (Plano de Revitalização Económico da Ilha Terceira), que a companhia pretenderá, agora, aumentar, o mesmo acontecendo com a operação de Ponta Delgada, cujo montante é menor, devido á operação ser rentável.
Segundo a nossa fonte, em Ponta Delgada, com 16 voos no Inverno e 23 no Verão, com taxas de ocupação superiores a 90%, totalizam pouco mais de 209 mil passageiros anuais.
O impacto desta medida, em termos turísticos, se cada passageiro deixar na Região a quantia de 100 euros, obviamente que ultrapassa o milhão pago para a operação.
A Ryanair, recorde-se, está a operar em Ponta Delgada desde o início da liberalização do espaço aéreo, em 2015, enquanto que na Terceira a operação teve início em 2016.