Diário dos Açores

Antero de Quental e Eugénio de Andrade: Um Novo Abraço entre os Açores e Cabo Verde

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No seguimento do artigo anterior, publicado a 20 deste mês, neste Jornal, convidámos o Professor Doutor Carlos Bellino Sacadura no sentido do aprofundamento do estudo de Figuras, Temáticas e Problemáticas que sejam de manifesto interesse para o estudo e conhecimento da Educação e Cultura, que tanto enriquecem os Açores e Cabo-Verde, num diálogo muito fecundo. Desta vez o Professor, e Amigo, Carlos Bellino Sacadura, Distinto Filósofo, traz como tema dois “poetas – filósofos: Antero de Quental e Eugénio Tavares”, com a seguinte formulação: Um paralelo entre dois poetas-filósofos dos Açores e Cabo Verde: Antero de Quental e Eugénio Tavares.
As temáticas de e sobre os Açores sempre me interessaram, e interessam, como é natural, em tantas dimensões. Quando surgiu o meu grande interesse por acompanhar o que se passa e faz em Cabo Verde? Desde há muito tempo, mas houve um Tempo que me tocou, de modo especial, porque vivido. Foi por ocasião do IV Congresso da SOFELP, realizado nos dias 6, 7 e 8 de maio de 2013, na Universidade de Santiago - Cabo Verde. Senti-me profundamente tocado no meu Ser, no meu Sentimento e Pensamento. Fomos muito bem acolhidos. Não esquecerei, jamais, que em plena Comunicação plenária, que apresentei, as minhas palavras, arrancaram do público, dos participantes, de modo espontâneo, uma fortíssima chuva de aplausos ainda a comunicação ia a meio. Digo-o com humildade. Sinto que na altura falei com Rigor Académico, mas com o Coração e com a Razão, face a um Povo Irmão, como Português, que sou, mas, essencialmente, o meu Sentir de Ihéu, como Açoriano, que sou, desde a minha conceção. No nosso caso, ao nascer, somos Açorianos e, simultaneamente Portugueses. Senti-me irmão na Língua Portuguesa embora compreendesse a simultânea defesa, mais do que legítima, que faziam do Crioulo, em Cabo Verde. Talvez aí esteja a Alma de um Povo mas que, em boa hora, escolheu o Português como Língua Oficial.
Guardo na Sensibilidade as Mornas, melodias que me encantam, tão bem representadas e vividas pela Saudosa Cesária Évora, a “Diva” de Pés Descalços. A Humildade no seu maior encanto.

Emanuel Oliveira Medeiros

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