Diário dos Açores

Consequências nos Açores

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A queda do Governo de António Costa terá consequências nos Açores em dois planos: no plano político e no plano governativo ou orçamental.
No primeiro, é natural que os estilhaços da crise em que o PS vai mergulhar chegarão aos socialistas açorianos. É verdade que o PS-Açores tem órgãos próprios, mas o facto de se ter colado demasiado à governação de António Costa terá alguns efeitos impopulares, numa altura pouco conveniente para os socialistas açorianos, quando se preparam para o previsível chumbo do Plano e Orçamento da região e, eventualmente, eleições regionais antecipadas.
No plano orçamental a região será afectada, porquanto o Orçamento de Estado para 2024 ficará sem efeito e o governo de gestão trabalhará em regime de duodécimos. Ora, o OE 2024 previa mais 26 milhões de euros em transferências para os Açores, o que ficará sem efeito no caso dos duodécimos com base no orçamento de 2023.
As OSP também poderão ser afectadas, continuando a SATA a avolumar os prejuízos por manter estas rotas para Santa Maria, Pico e Faial.
Por fim, estava prevista a assinatura de um protocolo entre os dois governos sobre a reprogramação do PRR, que traria mais dinheiro para a região. É muito provável que fique, também, em banho maria.
Um novo Orçamento de Estado, com novo governo, só é previsível lá para o final do próximo ano.
A crise prolonga-se.

 O.C.

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