Durante o mês de Outubro, os preços das casas para arrendar subiram na Região Autónoma dos Açores (9,8%), Norte (2,7%) e Alentejo (2,7%), segundo o índice de preços da plataforma idealista.
Em sentido contrário, as rendas das casas desceram no Algarve (-2,5%), Centro (-1,8%) e Região Autónoma da Madeira (-1,8%).
Já na Área Metropolitana de Lisboa (-0,1%), os preços mantiveram-se estáveis nesse período.
A Área Metropolitana de Lisboa, com 18,3 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar casa, seguida pelo Norte (13,4 euros/m2), Algarve (13,2 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (12,9 euros/m2).
Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (8,6 euros/m2), a Região Autónoma dos Açores (9,6 euros/m2) e o Alentejo (9,8 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar uma habitação.
Mercado de arrendamento
mais caro
Neste cenário, conclui-se que o mercado de arrendamento em Portugal continua dinâmico, num momento em que comprar casa com crédito habitação está mais caro e difícil por via da subida dos juros e do custo de vida.
E como a procura continua superior à oferta, os preços das casas para arrendar permanecem em alta, tendo subido em cinco capitais de distrito entre Outubro e o mês anterior, com Setúbal a liderar os aumentos (+4,4%).
Também no Porto as rendas das casas subiram 2,1%. Mas em Lisboa permaneceram estáveis, à semelhança da realidade nacional. Isto porque os preços medianos das casas para arrendar em Portugal mantiveram-se estáveis nos 15,3 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de Outubro, apresentando uma variação mensal de -0,4%, segundo aponta o índice de preços do idealista.
Já em relação à variação trimestral, a subida das rendas foi de 2,2% e a anual de 26,3%.
Preço das casas mais do que
duplicou desde 2010
Os preços das casas mais do que duplicaram, desde 2010, em Portugal e outros oito Estados-membros da União Europeia (UE), devendo continuar a crescer no território português, apesar do “arrefecimento” no imobiliário europeu, revelou ontem a Comissão Europeia.
”Os preços das casas registaram um forte crescimento em toda a UE durante a última década, especialmente durante a pandemia.
Os preços das casas começaram a aumentar durante a recuperação económica da década de 2010, embora com diferenças assinaláveis entre os Estados-membros” e, desde então, “os preços duplicaram na Alemanha e nos Países Baixos, enquanto Portugal, Irlanda, República Checa, Áustria, Luxemburgo Áustria, Luxemburgo, Letónia e Lituânia registaram um crescimento de preços ainda mais forte”, retrata a Comissão Europeia.
Num capítulo dedicado à crise da habitação nas previsões económicas de outono, ontem divulgadas, Bruxelas assinala que “os mercados imobiliários europeus têm vindo a arrefecer desde meados de 2022, a par do abrandamento significativo dos níveis de crédito”, dada a apertada política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
Ainda assim, apesar de em vários Estados-membros os preços das casas terem já atingido o pico, logo no segundo trimestre de 2022, “o crescimento constante dos preços continua na Bulgária, Croácia, Grécia, Portugal e Eslovénia”, adianta Bruxelas.
O Executivo comunitário conclui que, ao nível da UE, “no futuro, as restrições à capacidade de contração de empréstimos das famílias sugerem que os preços da habitação permanecerão sob pressão nos próximos trimestres, antes de retomarem o crescimento”.