Grupo Aeroporto do Pico alerta Governo  para tratamento desigual no reforço de voos
Diário dos Açores

Grupo Aeroporto do Pico alerta Governo para tratamento desigual no reforço de voos

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O Grupo Aeroporto do Pico considera que os reforços na programação de voos “devem ser feitos de acordo com a procura e de forma pontual” e não “de forma imposta para contentar descontentamentos e alaridos localizados, sem razão”.
Em comunicado, o Grupo Aeroporto do Pico refere que o Governo Regional dos Açores autorizou a SATA Air Açores a operar mais um voo extraordinário na rota Ponta Delgada - Horta - Ponta Delgada, às Quintas-feiras de manhã, a partir de 14 de Dezembro, alegando que “era o único dia em que não era possível sair do Faial (por via directa ou com ligações a outras ilhas por via aérea ou intermodal) e chegar a Lisboa antes das 22h45”.
Segundo a nota, este reforço interilhas “não serve” nem as Flores, nem o Corvo, muitas vezes usadas “como argumento para a ilha do Faial ser beneficiada com mais ligações por ser ponto de escala, e que desta vez ficam à margem”.
“Onde está a coesão territorial entre ilhas?”, questiona o referido Grupo, acrescentando que “este comunicado serve de alerta aos decisores políticos, dado o anúncio para determinadas rotas, sem que exista necessidade/procura para tal. Ilhas, como São Jorge, Flores e Graciosa,, que nem ligações directas têm com o continente português, não tiveram a mesma sorte, sendo ilhas com muito menos ligações aéreas e piores horários (Em 5 dias da semana só é possível chegar ao continente português às 22h15/45 das Flores e Graciosa . O pior cenário é o Corvo em que as Obrigações de Serviço Públicos não estão a ser cumpridas!”.
Diz ainda o grupo picoense que “estes novos voos semanais “impostos”, pela tutela retiram de novo capacidade à SATA para suprir as reais necessidades, e futuros reforços para ilhas, onde realmente seria necessário o reforço. Os reforços na programação de voos devem ser feitos de acordo com a procura e de forma pontual, e não de forma imposta para contentar descontentamentos e alaridos localizados, sem razão - isto é que é “a forma mais responsável e mais conforme à ética democrática de decidir”.
“Por exemplo, os voos do Pico apresentam constrangimentos em vários dias da semana nas ligações directas de/para Ponta Delgada. Concretamente existe um dia da semana, a Sexta-feira, em que é impossível chegar ao continente antes das 22h45, sendo o único dia da semana em que tal acontece , não se vendo o Governo com a mesma preocupação, em anunciar voos de reforço”, lê-se no comunicado.
“Poderíamos estar a reivindicar mais ligações, mas não somos egoístas a esse ponto, pois sabemos que existe voo direto no dia seguinte para Lisboa, e existem ilhas sem ligação directa e com vários dias a chegar ao continente depois das 22h45 e até às 23h30. Aí questionamos onde está a tão badalada complementaridade das ligações aéreas e combinação intermodal com o barco de/para o Pico e Faial? Não poderiam, nesse dia, os habitantes do Faial apanhar a ligação ao Pico, já que o inverso acontece tantas vezes?”, questiona ainda o Grupo.
E conclui: “Teremos eleições a 4 de Fevereiro de 2024, que irão definir um novo Governo nos Açores. Esperemos que os eleitores, especialmente os picarotos, jorgenses, marienses, graciosences, florentinos e corvinos, estejam atentos a promessas de acessibilidades aéreas e à sua efectivação concretização, pois muitas decisões, como esta última em apreço, ainda contribuem para aumentar o sentimento de desigualdade na acessibilidade entre ilhas, mantendo-se uma tradição de algum favorecimento das ilhas capitalinas que ainda não foi revertido”.
O comunicado publica ainda uma série de tabelas com exemplos dos voos referidos no texto.

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