Criação de POSEI-Transportes  “é uma necessidade”
Diário dos Açores

Criação de POSEI-Transportes “é uma necessidade”

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A Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas defendeu Segunda-feira à noite, em Ponta Delgada, que “a criação de um POSEI Transportes não é só uma legítima aspiração, é, acima de tudo, uma necessidade para a subsistência a longo termo nas Regiões Ultraperiféricas da União Europeia”.
Berta Cabral falava numa iniciativa do PPE inserida no Comité das Regiões.
A governante preconizou a necessidade de serem criados novos programas comunitários específicos que possibilitem diferentes tipos de investimento e que, para as Regiões Ultraperiféricas, em especial para os Açores, fazem “a diferença entre subsistir ou não”.
A governante destacou, a título de exemplo, as necessidades concretas no investimento em equipamentos específicos, como aeronaves e embarcações, quer para as operações aéreas inte-rilhas, quer para o tráfego marítimo local e cabotagem insular.
“Estamos a estudar novos modelos de optimização do transporte marítimo de mercadorias, que é essencial para a nossa subsistência. Porém, a optimização destes modelos e a sua adaptação a novos paradigmas ambientais e de eficiência energética, requerem investimentos muito substanciais em frotas com mais de 65 anos, que as empresas por restrições económico-financeiras, resultantes da pequena dimensão do mercado e do elevado custo das operações, não têm possibilidade de concretizar”, sublinhou.
Relativamente aos transportes terrestres, evidenciou a aposta do Governo dos Açores no incentivo à transição para a mobilidade eléctrica, mas disse ser “fundamental identificar novas soluções que permitam que o transporte público rodoviário de passageiros também possa ter um impulso nesta transição e na modernização de todo o sistema”. Berta Cabral referiu que “a exploração comercial da generalidade das operações de transporte nos Açores é deficitária, incluindo os serviços de transporte aéreo e marítimo de passageiros interilhas, a que acrescem os serviços de transporte colectivo rodoviário”.
“Em termos globais, são mais de 50 milhões de euros anuais que os Açores despendem para assegurar a continuidade destes serviços básicos essenciais, encontrando apenas cerca de 58 milhões de euros de cofinanciamento para os sete anos da programação financeira plurianual da União Europeia, ou seja, pouco mais de 8M€ por ano”, adiantou, afirmando que esta “é uma alocação muito desproporcional, que coloca uma pressão enormíssima sobre os recursos regionais, já de si bastante exíguos face à dimensão da sua população e economia”.

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