As principais causas das nossas infelicidades nem sempre são óbvias. Muitas vezes existem razões psicológicas muito subtis pelas quais somos cronicamente infelizes.
Um dos sinais mais óbvios de que alguém é cronicamente infeliz é que está cheio de ressentimentos:
Claro que quase todos nós, por vezes, caímos em reclamações improdutivas, mas em algumas pessoas, é quase um estilo de vida.
Dificilmente alguém pode manter relacionamentos saudáveis se está perdido no passado e não pode estar verdadeiramente presente com as pessoas no momento. E perdido no passado inclui quando a mente está constantemente em modo de análise tentando entender os detalhes de cada ofensa cometida contra a gente, passadas e actuais.
Mas se estar agarrado ao ressentimento é tão obviamente tóxico e nos torna tão cronicamente infelizes, por que fazemos isso?
Porque durante décadas, talvez, ensaiamos e reforçamos os hábitos mentais de ruminar e elaborar sobre os ressentimentos. E achamos que todo este reforço mental vai simplesmente desaparecer em um piscar de olhos, apenas porque decidimos que sim.
E tal como fisicamente, ninguém emagrece porque decidiu que sim.
Abandonar o ressentimento é um hábito, não uma decisão.
Muitas pessoas pensam que, uma vez que decidam realmente deixar o passado para trás e seguir em frente, isso deve ser o suficiente. Mas se pensar bem, isso é completamente irreal.
“O perdão não é um ato ocasional, é uma atitude constante.” Martin Luther King.
A segunda coisa a entender é que a gente se preocupa com coisas que não podemos controlar.
A infelicidade de muitas pessoas origina-se na preocupação crónica com o futuro.
A preocupação excessiva, o ruminar o pensamento, é, per si, um pensamento negativo inútil sobre o que pode acontecer no futuro.
É diferente da resolução de problemas ou planeamento, pois não resulta em nada produtivo e geralmente é irracional.
Juntamente com essa preocupação excessiva vem uma quantidade enorme de ansiedade quase constante.
É difícil ser-se feliz quando se está constantemente ansioso.
Os seres humanos simplesmente odeiam sentirem-se impotentes. Odiamos tanto o desamparo que estamos dispostos a nos sentir incrivelmente ansiosos e infelizes, se, por um breve momento isso aliviar esse desamparo e nos fazer sentir mais seguros e no controlo.
Sentir a curto prazo bloqueia pensar e decidir a longo prazo.
É como comer “junk food”, que, apesar de sabermos das consequências negativas a longo prazo, os benefícios a curto prazo são poderosos.
Tolerar a incerteza pode eliminar o hábito da preocupação crónica e recuperar grande parte da felicidade que estava sendo “roubada”.
“A preocupação nunca rouba a tristeza do amanhã, apenas tira a alegria do hoje.” Leo Buscaglia
Frequentemente, a infelicidade é o resultado de fatores psicológicos subtis que são difíceis de detectar. Mas se conseguir, ou conseguir ajuda para, identificá-los e começar a trabalhar com eles, uma felicidade mais duradoura e autêntica virá.
Isto até parecem palpites de auto ajuda, mas é caso para dizer:
Não tente isto em casa
Procure a ajuda de quem sabe
Haja saúde