O gigante adormecido
Diário dos Açores

O gigante adormecido

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Editorial

A ilha do Pico sempre foi um gigante adormecido.
Aos anos que se ouve falar que é a “ilha do futuro”, mas andou sempre esquecida nas agendas dos sucessivos governos.
Se há centralidade nos Açores, ela está no Triângulo, um destino fabuloso que começa a despertar com os devidos cuidados.
As potencialidades estão todas lá, em muitas áreas, e os seus investidores e empresários, os que sempre acreditaram no tal “futuro”, estão a fazer magia naquelas ilhas, especialmente no Pico.
Fortunato Garcia é um deles, como se conta na história aqui ao lado desta página.
O nicho de alta qualidade que vai nascendo na ilha montanha - no turismo, na restauração, no vinho - só precisa que lhe dêem asas no acesso áquilo que é mais importante numa ilha: boas acessibilidades, facilidades na exportação e menos burocracia.
A ampliação da pista do Pico é uma necessidade premente para a expansão da economia, para além de ser um dos principais instrumentos que ajuda a resolver o problema da coesão.
Ainda esta semana a SIC transmitiu um documentário sobre o Triângulo, na perspectiva de quem está de fora e descobre o paraíso.
Nós, açorianos, temos uma imensa riqueza que às vezes não entra pelos olhos dentro, sendo preciso os de fora nos abrir a mente desta nossa mornaça.
Ao que dizem, vem aí uma chuva de ajudas financeiras da União Europeia.
Aproveitem-nas bem para reformar o sistema, apoiando os gigantes adormecidos que temos cá dentro, em vez de as aplicar, como tem sido nestes anos, nos enorme buracos ruinosos, criados para sustentar a clientela amiga.
Como diz o escritor, só reformas e pessoas podem acordar o gigante.
Pessoas temos.
Venham as reformas.

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