Ode a Norberto Aguiar  e às Bodas de Prata  do Jornal LusoPresse

Ode a Norberto Aguiar e às Bodas de Prata do Jornal LusoPresse

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Dificil é conversar com a professora e renomada escritora brasileira Lélia Pereira Nunes, da Academia Catarinense de Letras, sem perceber (e conter) seu entusiasmo incontestável  pela cultura portuguesa com ênfase ao amor que dedica ao Arquipélago dos Açores, aos açorianos, em especial ao seu estimado amigo Norberto Aguiar e família, residentes em Montreal/Canadá. Tão entusiasta e apaixonada contumaz é esta minha doce,  nobre e culta amiga que para sentir-se sempre próxima aos seus açorianos denominou nossa  Ilha de Santa Catarina (Florianópolis/Brasil) como a décima Ilha açoriana. Não foi difícil esta “embaixadora” ter apaixonado-se pelos Açores, difícil é não apaixonar-se por este paradisíaco arquipelago e não se sentir parte dele residindo na IIha de Santa Catarina conhecendo sua história açoriana. Provenientes, sobretudo, das ilhas centrais (Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial) os primeiros açorianos chegaram na baía norte da Ilha de Santa Catarina em 6 de janeiro de 1748 (Dia dos Reis Magos). Ficaram em quarentena (46 dias) em dois navios e desembarcaram em 22 de fevereiro de 1748. O primeiro grupo era de 461 açorianos, de um total de quase 6 mil, que chegaram entre 1748 e 1754.  Embarcaram homens, mulheres e crianças no Porto de Angra (na Ilha Terceira) com destino a Santa Catarina. Foram 14 viagens, realizadas por 6 navios diferentes. Cerca de 280 pessoas morreram na travessia. Este muito pequeno resumo épico nos tornou eternamente unidos. É só visitar o sul e norte de nossa Ilha de Santa Catarina que nossos irmãos do arquipélago português saberão sobre o que estou escrevendo e conhecendo as moradias, os Joaquins e Manueles que lá residem sentir-se-ão em casa. Gente da sua gente. Em 1999, foi criada a Casa dos Açores de Santa Catarina para congregar todos nós, os apaixonados pela cultura açoriana.
O açoriano “da gema” Norberto Aguiar é um obstinado, um visionário, um resiliente e incansável batalhador pela difusão da cultura portuguesa, com ênfase à açoriana. Dele sei pelo  que conquistou nas terras do Canadá (Montreal) e o que dele soube pela professora Lélia.  Este jornalista micaelense, o  “lourinho” do Operário da Lagoa,  transferiu-se à Montreal com sua Anália, há 46 anos e, movido à adrenalina, com entusiasmo incansável (e lágrimas seguramente vertidas) dedica-se a sua comunidade açoriana de Montreal (com a família) enfrentando e superando desafios continuados para manter e estimular sonhos. Fundou em 01 de dezembro de 1996 o Jornal LusoPresse, um estupendo instrumento de divulgação cultural da comunidade para a comunidade e terras do além Canadá, que ora completa 25 anos de existência - sempre com seus irmãos açorianos fomentando a cultura portuguesa com destemor inquebrantável. Foram dias difíceis, noites de insónias que não lhe corroeram a esperança. Sofreu, persistiu, insistiu, conseguiu e conquistou – assim caminham os bravos. Seu LusoPress nasceu menino, tornou-se um jovem no saber arrebatado e agora em suas Bodas de Prata transforma-se num maduro adulto distribuindo notícias, conhecimento, amor à vida e esperanças. Já está extramuros, circula pelo mundo afora, (além das terras da província de Quebec) incluindo minha açoriana “décima” Ilha de Santa Catarina. Parabéns LusoPress por seu vigésimo quinto natalício. Parabéns paladino Norberto Aguiar por este feito árduo porém consagrador.

LusoPresse 25 anos de história

L ivre na patriótica tarefa de difundir o belo da Lusitânia, em tudo, quanto e onde
U ltrapassando os limites da ocidental nação por mares e ares ora navegados
S urge da coragem e destemor, o fruto do ardor, da vontade, do amor e sonhar
O Jornal LusoPresse criado por inspiração e transpiração de Norberto Aguiar  

P ortuguês e açoriano na alma e no sangue, altivo nos sonhos e elevado no canto
R aiou nas plagas do Quebec, Canadá, em Laval, o instrumento com sublime ideal
E ncimando nas notícias o novo, cultura o progresso, na informação em tudo atual
S ustentando na comunidade açoriana de Portugal o puro, forte sentimento nacional
S acrossanto, santo e sagrado manto de apoio, pilar de harmonia, paz, união e prece
E stendeu-se da Ilha de São Miguel a tantos, de Norberto Aguiar o seu  LusoPresse

 

* brasileiro, médico/oncologista clínico e escritor

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