IL defende que programas nacionais  de captação de fluxos turísticos devem  incluir os Açores
Diário dos Açores

IL defende que programas nacionais de captação de fluxos turísticos devem incluir os Açores

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O cabeça de lista da Iniciativa Liberal pelo círculo eleitoral dos Açores às eleições Legislativas do próximo dia 30 de Janeiro, Pedro Ferreira, defendeu, esta Segunda-feira, que a República “não pode continuar a discriminar negativamente os Açores” no que toca à aplicação das verbas do programa VIP – um mecanismo financeiro de captação de novas rotas e fluxos turísticos para Portugal.
Após reunir com o Presidente da ATA (Associação de Turismo dos Açores), na ilha do Faial, o candidato liberal afirmou que “também no domínio da promoção turística e da captação de novos fluxos turísticos, o Estado português tem responsabilidade para com a Região Autónoma, uma vez que os Açores são parte integrante do Estado português”, pelo que “devem merecer exatamente o mesmo tipo de tratamento por parte do Governo da República que qualquer outro distrito ou região de Portugal”.
Segundo Pedro Ferreira, o Programa VIP, que existe na dependência do Governo da República para a captação de novas rotas e fluxos turísticos para Portugal, “esquece os Açores”, fazendo com que a Região acabe prejudicada, uma vez que “é a ATA que tem que prescindir das verbas que tem contratualizadas com o Turismo de Portugal para conseguir captar novas rotas e fluxos turísticos”.
Assim, disse o cabeça de lista da IL pelos Açores,“o compromisso que assumimos, caso os açorianos nos confiem os seus votos em número suficiente para a eleição, pela primeira vez, de um deputado dos Açores que não seja do PS e do PSD, é fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que este programa sirva os Açores como parte integrante do território nacional”.
“À conta desta discriminação do Estado para com a Região, os Açores estão a perder verbas, pois têm que prescindir do plafond que têm contratualizado entre a ATA e o Turismo de Portugal para poder beneficiar dos fundos comunitários que existem para aplicação na política de captação de novos fluxos turísticos”, frisou. Por outro lado, Pedro Ferreira afirmou estar na altura de “definir claramente” o modelo de transporte aéreo entre a Região e o Continente, defendendo “a liberalização total do espaço aéreo dos Açores”: “Este mix que existe desde 2015, de um modelo meio público, meio privado, meio liberalizado, meio com Obrigações de Serviço Público, não faz sentido.  No entender da IL deve ser feita a liberalização total das rotas aéreas para todas as gateways dos Açores, até porque já está provado que a semiliberalização introduzida há 7 anos produz efeitos”.
Assim, frisa o candidato liberal,“devemos alargar este modelo a todas as ilhas”, até porque, acrescentou, “não faz sentido continuarmos a colocar dinheiro dos nossos impostos em companhias aéreas públicas com os buracos que todos conhecemos e depois ainda pagarmos as fortunas que pagamos para viajar de e para os Açores numa das companhias aéreas públicas”.
“À boa moda socialista, da maneira que as coisas estão os açorianos encontram-se prejudicados duplamente:pagamos, com os nossos impostos, os buracos das companhias aéreas públicas e ainda pagamos, nas companhias públicas, as passagens mais caras do mundo.Como é que se explica que existam passageiros a pagar 300 ou 400 euros numa companhia aérea pública para fazer, por vezes, apenas uma perna da viagem (ou seja, só por um percurso de ida ou de volta) e, depois, existam companhias privadas a vender viagens entre os Açores e o Continente a 9,99 ou a 4,99 euros, como ainda no início deste ano se verificou?”, apontou.
Em síntese, considerou Pedro Ferreira, “é preciso liberalizar, porque liberalizando o espaço aéreo as outras companhias vêm cá ter e basta ver o caso da ilha Terceira, onde a Ryanair entrou há 7 anos e de lá nunca mais saiu, sendo, aliás, hoje, a melhor oferta de saída da Terceira ou de chegada à ilha.É preciso liberalizar. Os transportes, mas essencialmente o nosso pensamento relativamente à presença do Estado. Partimos sempre do princípiode que, porque somos pequeninos, o Estado tem que estar presente em tudo. Não! Nós somos como qualquer outra região. Fazemo-nos grandes pela nossa iniciativa e pela nossa capacidade empreendedora. Vamo-nos libertar desta teoria do que o Estadoserve para tudo, porque não serve. Só serve para aumentar dívida, aumentar a carga fiscal e colocar-nos, constantemente, na pobreza e a pagar os buracos que fazem”.

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