Grupo de orcas avistado  a 6 milhas de Ponta Delgada
Diário dos Açores

Grupo de orcas avistado a 6 milhas de Ponta Delgada

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No passado sábado, durante uma viagem de observação de cetáceos, uma equipa da empresa de animação turística Futurismo, encontrou um grupo de orcas a cerca de 6 milhas de Ponta Delgada.
Estava em deslocação um grupo de 4 indivíduos – um macho, duas fêmeas e um juvenil.
A equipa da Futurismo teve a oportunidade de os fotografar e filmar, com o objetivo de tentar identificar se este grupo já está registado no catálogo de orcas da Futurismo ou mesmo em algum catálogo de orcas do Atlântico Norte, ou se por outro lado, é um grupo novo para estudar e analisar cientificamente.
O indivíduo com a barbatana dorsal mais alta e reta que vemos nas fotografias é o macho e a fêmea tem a barbatana dorsal mais baixa e curva.
Não se sabe exatamente de onde vinham nem para onde vão, mas sabe-se que este é o mamífero com maior distribuição no planeta terra – encontram-se em todos os oceanos, desde as águas polares até às tropicais.
Nos Açores, normalmente as orcas são avistadas em grupos familiares pequenos com pelo menos um macho.
Esta espécie é matriarcal (são as fêmeas que lideram). Na verdade, não é muito comum serem avistadas orcas em janeiro nos Açores, mas curiosamente, há precisamente 9 anos, a 8 de janeiro de 2013, foi visto um grupo de orcas em São Miguel.
 Uma destas foi batizada com o nome Mr Ray porque na altura estava a interagir com uma raia.
Os dados recolhidos devem-se à investigação dos biólogos marinhos da Futurismo.
Esta é uma espécie ocasional nos Açores, normalmente é encontrada nos meses de março e abril (curiosamente a altura do ano em que normalmente o atum começa a surgir nos Açores).
Há registos de avistamentos de orcas em 2019 (março); em 2021 (abril e maio). Sabemos ainda que entre maio de 2006 e dezembro de 2015 os biólogos da Futurismo registaram 24 avistamentos de orcas.
A foto permite identificar os indivíduos utilizando marcas naturais captadas em fotografias.
Para esta espécie recorre-se principalmente à barbatana dorsal e/ou saddle patch (marca posterior à barbatana dorsal).  Neste momento no catálogo da Futurismo há o registo de 54 indivíduos.  Quanto ao estudo que a Futurismo faz nesta área de investigação, a empresa possui atualmente a bióloga marinha Georgina Cabayol, responsável pela atualização do catálogo e que se encontra atualmente a fazer a sua tese de mestrado sobre orcas no Atlântico Norte.

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