IL preconiza a revisão da lei de financiamento do ensino superior criando majorações para a insularidade  e tripolaridade
Diário dos Açores

IL preconiza a revisão da lei de financiamento do ensino superior criando majorações para a insularidade e tripolaridade

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O cabeça de lista da Iniciativa Liberal, pelo círculo eleitoral dos Açores, às eleições Legislativas do próximo dia 30 de Janeiro, Pedro Ferreira, defendeu uma revisão da lei de financiamento do ensino superior para “acabar, definitivamente, com as discriminações” e para “criar um sistema de majorações à insularidade e tripolaridade” da Universidade dos Açores.
À saída de uma reunião com o Presidente da Faculdade de Ciências Agrárias e do Ambiente da Universidade dos Açores, Alfredo Borba, em Angra do Heroísmo, o candidato liberal lamentou ainda “a falta de vergonha ou o desespero absoluto” que graça entre algumas candidaturas às eleições do final do mês, apelando a que “os eleitores que ainda valorizam alguma seriedade e verdade na política estejam atentos”.
“Não posso deixar de registar que, nos últimos dias, têm sido ditas algumas coisas, por parte de alguns candidatos e responsáveis, nomeadamente do PS, que ou estão em absoluta falta de vergonha ou profundamente desesperados, com medo dos resultados eleitores, que são impensáveis. Tem-se ouvido falar muito em amizades, em amigos do peito e em grandes amigos dos Açores, dizendo que os governos socialistas da República resolveram todos os problemas dos Açores! Isto não faz qualquer sentido, quando, inclusivamente o Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, foi padrinho de um acordo financeiro de 1,2 milhões de euros entre o Ministro do Ensino Superior e o Reitor da Universidade, acordo que nunca foi pago, como ainda esta semana o próprio reitor denunciou nas celebrações dos 46 anos da nossa Universidade; quando foi este mesmo Ministro do Ensino Superior, deste mesmo Governo socialista de António Costa, que excluiu a Universidade dos Açores de aceder a fundos comunitários em pé de igualdade com as demais universidades públicas nacionais; quando foi este mesmo Ministro, deste mesmo Governo socialista de António Costa, que criou uma regra que impede as universidades dos Açores e da Madeira de acederem directamente aos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência… há aqui qualquer coisa que não bate certo”, lamentou Pedro Ferreira.
Criticando a postura, o candidato liberal fez um apelo: “Espero, sinceramente, que todos aqueles que acompanham a política, que gostam de política e que ainda reconhecem um pouco de seriedade na política e de verdade no discurso político, ponham a mão na consciência e vejam que há gente que está em absoluto desespero e que diz tudo para alcançar os seus objectivos, o que é verdadeiramente lamentável em política, como em tudo na vida”.
Assumindo que, na óptica do Iniciativa Liberal, “a Universidade se deve assumir como um verdadeiro Centro de Investigação e Ciência dos Açores, em particular nas áreas ligadas ao mundo rural e à economia do mar”, Pedro Ferreira apontou ainda “o desligamento entre o Governo Regional e a Universidade”, considerando que “é preciso que a própria Região utilize muito mais o know-how,  o conhecimento e a investigação que Universidade desenvolve, colocando-a ao serviço do desenvolvimento e do crescimento económico e social dos Açores, em vez de continuar a contratar estudos externos à Região, obrigando a que entidades externas à Região, que ganham com os estudos pagos pelo Governo, tenham que recorrer à Universidade dos Açores para obter os dados necessários para realizarem os dados encomendados”.
No que toca ao papel legislativo, Pedro Ferreira assumiu o compromisso “de tentar influenciar uma revisão da lei de financiamento do ensino superior público em Portugal”, visando “uma clarificação total das regras que foram descuradas nos últimos anos, terminando com as discriminações de que a Universidade dos Açores tem vindo a ser alvo e criando um sistema de majorações, entre outros, à insularidade das Universidades dos Açores e da Madeira e à particular especificidade da tripolaridade da Universidade dos Açores”.

 

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