IL diz que autarcas locais já deviam ter estatuto próprio prometido pelo PS mas nunca concretizado
Diário dos Açores

IL diz que autarcas locais já deviam ter estatuto próprio prometido pelo PS mas nunca concretizado

Previous Article Previous Article “Objectivo para 2026 é termos cerca de 61% de produção de energias renováveis”, assegura Francisco César
Next Article Jessica Pacheco lamenta que PS abra a porta a acordo com PSD e defende caminho  de diálogo à esquerda Jessica Pacheco lamenta que PS abra a porta a acordo com PSD e defende caminho de diálogo à esquerda

O cabeça de lista da Iniciativa Liberal, pelo círculo eleitoral dos Açores, às eleições Legislativas do próximo dia 30, Pedro Ferreira, lamentou que “alguns candidatos dos Açores” tenham “uma visão muito redutora e muita centralista da Região”, acusando o PS de não valorizar o papel dos autarcas, tanto que promete, desde 2017, a criação do Estatuto dos Autarcas Locais e “nunca o concretizou”.
Após reunir com o Executivo da Junta de Freguesia das Manadas, no Concelho das Velas, ilha de São Jorge, o candidato liberal afirmou que a candidatura da Iniciativa Liberal “está a percorrer todas as ilhas dos Açores, porque estas são eleições onde os candidatos representam todas as ilhas dos Açores”, lamentando que, “ao contrário da Iniciativa Liberal que reconhece que os Açores são nove ilhas, existem certas candidaturas e certos cabeças de lista, nomeadamente o do PS, que não sai de uma só ilha que é a sua, o que prova que tem uma visão muito redutora e muito centralista daquilo que é a Região e da defesa que deve, eventualmente, fazer dos Açores na Assembleia da República”.
Dito isto, Pedro Ferreira enalteceu o papel dos autarcas locais, pela prestação de serviços de proximidade às suas populações e denunciou uma desvalorização destes eleitos perpetrada “pelo PS e pelo seu Secretário-geral, António Costa”: “o PS, desde há alguns anos, que tem vindo a prometer aos autarcas deste país a criação do Estatuto dos Eleitos Locais, mas, infelizmente, nem isso o PS conseguiu cumprir”.
“Mesmo se arvorando de ser o partido com mais autarquias neste País, António Costa prometeu, mas nunca propôs, nem concretizou, a criação deste Estatuto, numa desvalorização dos presidentes de junta de freguesia e de câmara municipal que são os políticos que melhores serviços de proximidade prestam às populações e, porventura, até deveriam ser dos políticos mais bem pagos”.
Defendendo uma descentralização de competências que possa beneficiar as populações e melhorar a qualidade do serviço prestado, o candidato da Iniciativa Liberal disse ter “um projecto político diferente”, assente “numa verdadeira descentralização das competências centralizadas nos níveis de poder superior”, mas sem que haja qualquer aumento de despesa pública, nem qualquer duplicação de cargos ou tachinhos”.
Pedro Ferreira referiu que “Portugal é um dos países mais centralistas da União Europeia, a despesa pública portuguesa é 43% do total do Produto Interno Bruto (PIB) e a dívida pública nacional é de 135% do PIB, ou seja, a terceira maior dívida pública da União Europeia e a quinta maior dívida pública de todo o mundo. Não podemos continuar com este estado de coisas. Temos que nos libertar deste centralismo e descentralizar, potenciando uma melhoria das condições de trabalho dos autarcas, porque eles são, de facto, os que mais próximos estão das populações, valorizando o seu papel na sociedade e no quadro político português, porque são fundamentais para a melhoria da nossa qualidade de vida e para o desenvolvimento de cada uma das nossas parcelas territoriais”.

 

Share

Print

Theme picker