As nossas emoções são multideterminadas e envolvem fatores filogenéticos, ontogenéticos e culturais. Assim, podemos dizer que o nosso património comportamental, individual e colectivo está, em parte, directamente relacionado com a nossa herança genética. O que inclui, naturalmente, a forma como reagimos a determinados estímulos, desempenhando um papel primordial na história da sobrevivência da nossa espécie, tais como comportamentos específicos de agressividade, atenção, concentração e estratégia.
A maneira como gerimos as nossas emoções vai definir a nossa qualidade de vida, e a qualidade de vida de quem nos rodeia, amigas e amantes, família e familiares. Portanto, podemos considerar que isto é uma competência importantíssima a ser desenvolvida, não sendo aconselhável reprimi-las, mas clarificá-las, e, ao fazermos isso, podemos trabalhá-las. Assim como a explosão emocional não é indicada, a implosão emocional também não. Não devemos acumular emoções mal trabalhadas, já que estas antes ou depois irão procurar meios de expressão principalmente através das doenças psicossomáticas e comportamentos disfuncionais.
Talvez a maturidade não ande de mãos dadas com a estabilidade emocional, mas uma acaba por influenciar o surgimento da outra. Para tal acontecer há que juntar um pouco de:
1-autocontrolo; avaliar os acontecimentos com cautela para que não ajamos de maneira precipitada (impulsividade).
2-empatia; tentar sentir aquilo que o outro sente numa determinada situação (especialmente se formos nós a criar a situação).
3-resiliência psicológica; ter consciência de que a vida humana apresenta revezes, e saber como transformar as adversidades em oportunidades e aprendizagem, tendo portanto uma postura optimista e capacidade psicoadaptativa.
E
4-habilidade nos relacionamentos interpessoais; possuir, consequentemente, melhor desempenho social e relacional.
Haja saúde