Transportes e Turismo
Osvaldo Cabral

Transportes e Turismo

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Editorial

Há dois sectores marcantes na economia regional que não podem ser descurados em termos de programação: transportes e turismo.
Esta semana o Governo Regional esteve muito bem em pressionar o Governo da República para o cumprimento das obrigações de serviço público nos voos directos entre Lisboa, Pico, Faial e Santa Maria.
José Manuel Bolieiro obteve a resposta que tardava de António Costa, com a garantia de que vai ser lançado concurso público internacional para manter aquelas rotas.
O que era bom saber é quem vai pagar os 40 milhões de euros à SATA desde que estas rotas foram programadas nos últimos anos...
Quem também esteve bem esta semana foi a Comissão de Economia do parlamento regional, ao aprovar a iniciativa, apresentada pelo PS, sobre a ampliação da pista da ilha do Pico.
Não se compreende a posição do PSD e CDS, que se abstiveram e reservaram posição final para a discussão em plenário.
Estas hesitações pagam-se caro e os picoenses certamente que vão estar atentos.
Onde o Governo dos Açores esteve mal foi na falta de programação dos transportes marítimos de S. Miguel para Santa Maria.
O barco dos Parece foi para manutenção, coisa que toda a gente sabia, ao que parece menos o governo, que devia ter programado atempadamente uma alternativa, nem que viesse, temporariamente, um dos Cruzeiros das Ilhas.
Há muito tempo que se discute este problema do transporte marítimo entre S. Miguel e Santa Maria. Os governos anteriores foram um desastre na política de barcos, espera-se que o actual não siga o exemplo e tenha a coragem de tomar uma decisão que há muito se impõe.
Coragem é o que também falta para dar a volta à famigerada ATA.
Começou mal e parece que vai a caminho de pior, pois já nem atrai ninguém do sector para assumir a presidência da associação.
Bem avisamos, na altura, que era um erro o governo de então sair desta associação e deixá-la entregue apenas aos parceiros privados.
A política de promoção turística da nossa região é um factor estratégico muito importante para o governo se alhear dela, quando, ainda por cima, é quem a financia com o dinheiro dos cidadãos.
Basta copiar como faz a nossa vizinha Madeira, um exemplo de sucesso nesta área, onde governo e privados se associam num objectivo comum.
Por cá, andam todos de costas viradas, com cada um a imaginar a promoção da sua ilha e às turras sobre quem recebe mais apoio financeiro para trazer aviões com turistas.
Até quando?

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