Uso de máscara poderá deixar de ser obrigatório nas próximas semanas
Diário dos Açores

Uso de máscara poderá deixar de ser obrigatório nas próximas semanas

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O Governo Regional dos Açores admitiu revogar o uso obrigatório de máscara em espaços fechados na região, nas próximas semanas, se os números de novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2 continuarem a baixar.
“Mantendo-se este registo de diminuição de casos e de internamentos, nenhum em cuidados intensivos, por mais algumas semanas, e percebendo-se que esta diminuição é consolidada, deixará de existir obrigatoriedade do uso de máscara”, afirmou o secretário regional da Saúde e Desporto dos Açores, Clélio Meneses.
O governante falava, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo, no dia em que se assinalam dois anos do primeiro caso de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, detetado na região.
Segundo o titular da pasta da Saúde nos Açores, está a ser analisada a possibilidade de revogação da obrigatoriedade de uso de máscara, uma das únicas medidas de controlo da pandemia de covid-19 em vigor na região, mas mantendo a “proteção dos mais vulneráveis”.
“O uso de máscara em espaços com pessoas com vulnerabilidade ou pela doença ou pela idade poderá ainda ser necessário”, reforçou.

Gastaram-se 80 milhões
de euros

O Governo Regional dos Açores gastou cerca de 80 milhões de euros com a gestão da pandemia de covid-19, revelou também o secretário regional da Saúde.
“A pandemia implicou um esforço das finanças regionais de 80 milhões de euros até este momento. Só em convenções, foram 23,3 milhões de euros”, avançou Clélio Meneses.
Os Açores diagnosticaram o primeiro caso de infeção de SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, no dia 14 de março de 2020 (comunicado no dia seguinte).
Em dois anos, a região contabilizou 65.041 casos de infeção, 62.917 recuperações e 94 óbitos.
Com uma tendência “decrescente” de novos casos, a região caminha, segundo Clélio Meneses, “cada vez mais para a responsabilidade individual, através da automonitorização de casos” e da “proteção dos mais vulneráveis”, o que vai permitir uma maior libertação de recursos do Serviço Regional de Saúde.
“Os recursos públicos, que são de todos nós, vão ser suscitados de cada vez que for necessário. Não faz sentido estarmos a alocar recursos humanos, que são tão escassos, recursos financeiros que tão escassos são para situações onde não se demonstre essa necessidade”, afirmou.

Mais de 1 milhão de testes

Em dois anos, foram realizados na região “aproximadamente 1.040.000 testes” de despiste do SARS-CoV-2.
Segundo o diretor regional da Saúde, Berto Cabral, a região está agora numa “fase diferente”, com “outros níveis de vacinação” e uma “variante menos severa”, por isso não faz sentido recorrer à testagem em massa.
“Mediante a avaliação que é feita pelas autoridades de saúde concelhias e o contexto onde surgem os casos, é natural que possam existir testagens mais alargadas, mas apenas e só em determinados contextos, já sem ter nada a ver com aquilo que há um ano fizemos de testar localidades inteiras”, afirmou.
Berto Cabral defendeu que a sintomatologia deve ser “o alerta principal para a realização de um teste”, até porque, “perante sintomatologia, normalmente a transmissão é maior”.
Atualmente, a maioria dos testes já é feita por entidades convencionadas e essa tendência deverá aumentar.
A região tem convenções com 30 entidades (entre farmácias, laboratórios e associações) para a realização de testes rápidos de antigénio e vai convencionar também os testes PCR.

Divulgação de casos
passa a ser semanal

“Os utentes das ilhas de São Miguel e Terceira, as únicas duas em que há laboratórios privados convencionados com teste PCR, irão passar a receber uma SMS e um email com um código, que vai validar a realização do teste nessa entidade”, avançou Berto Cabral.
O Governo Regional vai manter, por enquanto, a comparticipação de quatro testes rápidos de antigénio por mês, mas esse número poderá ser revisto em breve.
À semelhança do que acontece a nível nacional, a Autoridade de Saúde Regional vai também passar a divulgar o número de casos de infeção detetados semanalmente. Berto Cabral admitiu ainda a necessidade de revogar circulares normativas ainda em vigor, alegando que “muitas delas, perante as medidas que estão vertidas na última resolução do Conselho de Governo, deixam de fazer sentido”.

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