Assinado contrato com mais 8 médicos de família em S. Miguel
Diário dos Açores

Assinado contrato com mais 8 médicos de família em S. Miguel

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O Secretário Regional da Saúde presidiu à cerimónia de assinatura de contratos entre a Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel e oito novos médicos de medicina geral e familiar.
 Clélio Meneses estimou que é necessário “mais uma dezena” de profissionais para todos os açorianos terem médico de família, para além dos lugares que já estão em concurso.
“O número exato não posso dizer porque há oscilações, porque cada ilha é uma ilha com particularidades muito concretas, mas seguramente precisamos de mais uma dezena de médicos de família, para além daqueles que estão em fase de concurso: quatro daqui São Miguel, mais seis na Terceira e outros nas várias ilhas”, declarou Clélio Meneses.
O titular da pasta da Saúde, que presidiu à cerimónia de assinatura de contratos com novos médicos de medicina geral e familiar, na Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel, referiu ainda que foram contratados 39 médicos, 21 dos quais para os quadros e 18 internos que se espera que fiquem na região após concluírem a especialidade.
Relativamente a São Miguel, Clélio Meneses reconheceu que ainda não foi possível assegurar médico de família para todos os habitantes, mas salientou que com os oito profissionais que integram agora a Unidade de Saúde de Ilha, mais os quatro do concurso que está a decorrer, 97% da população ficará coberta.
Trata-se de “um crescimento muito significativo”, sendo cerca de 14 mil as pessoas que passam a ter médico de família por via da admissão dos novos médicos, segundo o governante.
O secretário regional da Saúde e Desporto dos Açores reiterou também a necessidade de reforçar os cuidados primários de saúde na região, evitando assim o recurso às urgências.
Ainda de acordo com Clélio Meneses, existe uma “estratégia clara no sentido de reforçar os cuidados primários de prevenção e proximidade”, que “tem de ir muito para além das palavras” e traduzir-se no dia a dia dos cidadãos.

Polémica com ex-Provedor

O ex-provedor do Utente da Saúde, Carlos Arruda, e o secretário regional da Saúde, Clélio Meneses, trocaram acusações de “má-fé” e de “ineficácia”, durante as audições realizadas na Comissão de Assuntos Sociais do parlamento dos Açores.
“Fiquei surpreendido quando vi a notícia de que o Governo dizia que não tinha conhecimento do trabalho realizado pelo provedor da Saúde. Até parece má-fé!, lamentou Carlos Arruda, ouvido pelos deputados a propósito da polémica em torno da extinção do cargo de provedor do Utente da Saúde, garantindo ter enviado ao executivo relatórios anuais da sua atividade.
Por seu lado, o secretário regional da Saúde defendeu que o provedor não cumpriu as funções para as quais foi nomeado, tendo mesmo falado em “ineficácia” e “pouca produtividade” no exercício do cargo, que era remunerado “ao nível de um diretor regional”.
“O provedor era um mero recetáculo de queixas. Recebia as reclamações e depois remetia-as à tutela sem sugestões ou recomendações”, justificou Clélio Meneses, acrescentando que este trabalho, além de revelar “pouco produtividade”, mostrava também “ineficácia”.
No entanto, o também médico Carlos Arruda, que foi nomeado provedor da Saúde pelo anterior governo socialista e exonerado pelo atual governo de coligação PSD/CDS/PPM, entende que houve “motivações políticas” para o seu afastamento.
“Nunca estive ligado à política, mas vivia numa espécie de bolha desde 2021, ignorado, desvalorizado e esquecido pela tutela”, lamentou o ex-provedor da Saúde, lembrando que solicitou várias reuniões com o secretário da Saúde, mas que nunca conseguiu falar com Clélio Meneses.
Durante a audição, o governante revelou ter-se deslocado pessoalmente ao gabinete do provedor da Saúde, mas o médico em causa “nunca estava no local”, versão que não coincide com a de Carlos Arruda, que garante que o secretário “passou várias vezes” à porta do seu gabinete, mas “nunca parou para falar ou saber se precisava de alguma coisa”.
As audições do ex-provedor da Saúde e do secretário regional da tutela ocorreram por iniciativa do PS, que quis saber quais as razões que levaram à extinção do cargo, mas o assunto foi desvalorizado pelos deputados do PSD, que entendem que o aproveitamento político deste caso não passa de uma “hipocrisia”.

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