Chama-se João Cabral e é o rosto que substitui o inesquecível Humberto Moniz à frente da iluminação das festas.
“Estão a ser montadas cerca de 110 mil lâmpadas e estão a trabalhar para isso 23 pessoas, estando ainda em trabalho um grupo que está a fazer a montagem das barracas”, conta João Cabral ao jornal “Correio dos Açores”, que noticia ainda que, este ano, não há mão-de-obra oferecida, como acontecia há alguns anos.
“Há alguns anos que isso não acontece. Todos os trabalhadores que temos, ao abrigo da lei e através da minha empresa, têm de ter contrato, com pagamento da segurança social e seguro, porque se acontece algum acidente não podemos ter ninguém sem seguro”, revela o responsável.
Ligação a Humberto Moniz
João Cabral conta ao “Correio dos Açores” que manter uma tradição que esteve sempre ligada ao conhecido Humberto Moniz é uma herança que quer honrar e que a abertura das luzes decorra bem “e com menos avarias possível”.
Diz que “espera que seja do agrado de todos. Temos uma equipa de prevenção para ir reparando o que avaria”.
Empresário e electricista, João Cabral assume-se como “um grande devoto do Senhor Santo Cristo dos Milagres”, admitindo que a passagem de testemunho deu-se com normalidade “porque eu já trabalhava nestas festas com o Sr. Humberto Moniz há muitos anos e estive na sua empresa 18 anos, por isso já sabia como as coisas se passavam, mas claro ter tudo a meu cargo é uma grande responsabilidade”.
Não destruir património
No que respeita à colocação de símbolos religiosos na fachada da Igreja, João Cabral refere que têm muito atenção para não danificar o património e esse é um pedido da Irmandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres, “que cumprimos”, acrescentando que, “para não haver pregos que danifiquem mais a pedra, tentamos forrar o máximo possível e conforme o dinheiro que existe”. Este ano todos os adornos na fachada não são novidade e o que é novo é terem utilizado um forramento que data de há 60 anos atrás nas portas laterais”.