Taxa de juro aos novos empréstimos à habitação já estão a disparar
Diário dos Açores

Taxa de juro aos novos empréstimos à habitação já estão a disparar

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O montante dos novos empréstimos concedidos a particulares caiu em abril, mas a taxa de juro média do novo crédito para a casa continuou a subir, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta quinta-feira.
A taxa atingiu 1,06% no quarto mês do ano, o valor mais elevado desde julho de 2020, recorda o jornal ECO.
A taxa registada em abril, de 1,06%, compara com os 1,03% registados em março, mês em que esta média deu um salto.
Os juros médios têm vindo a subir desde janeiro. Já no crédito ao consumo, a taxa de juro média diminuiu para 7,79%, indica o BdP.
Já o montante de novos emprésimos concedidos caiu, tendo-se fixado nos 1.910 milhões de euros.
A tendência foi verificada em todas as finalidades: “o crédito para habitação totalizou 1.320 milhões de euros; o crédito para consumo diminuiu para 416 milhões de euros, e o crédito para outros fins decresceu para 175 milhões de euros (os valores registados em março foram, respetivamente, 1.691, 513 e 260 milhões de euros)”, diz o BdP.
Quanto aos novos depósitos de particulares, o valor também diminuiu, para 3.554 milhões de euros (4.092 milhões de euros em março). “A taxa de juro média manteve-se no mínimo histórico de 0,04% pelo sexto mês consecutivo“, adianta a entidade liderada por Mário Centeno.
A maior parte das pessoas que constituiu um depósito (86%) decidiu aplicá-lo em depósitos a prazo até 1 ano, também remunerados à taxa de juro média de 0,04%.

Preço das casasa  sobe
por falta no mercado

No mês de abril, o número de imóveis para venda no país era de 135 mil, em comparação com os 150 mil que se registavam no final do ano passado.
Com efeito, a oferta de casas para venda registou uma descida de 6% nos primeiros quatro meses do ano, quando comparado com o final de 2021, de acordo com os dados revelados pela consultora imobiliária digital Imovendo.
Entre janeiro e abril, o mercado imobiliário deu “sinais de escassez de imóveis para venda, em especial nas grandes cidades (…) o que pode provocar uma escalada de preços a curto prazo, especialmente nas grandes cidades”.
No mês de abril, o número de imóveis para venda era de 135 mil, em comparação com os 150 mil que se registavam no final do ano passado. As maiores quebras verificaram-se no segmento de apartamentos, enquanto a oferta de moradias continuou estável.
No primeiro quadrimestre de 2022 foram vendidos 38 mil imóveis, sendo que 13 mil dos quais no mês de abril.
Em relação à Imovendo, a consultora transacionou no período em análise 10 milhões de euros em imóveis usados, o que significou uma subida de 60%, em relação ao ano de 2021.
Analisando já aquilo que poderá ser o primeiro semestre para a compra e venda de habitação, a consultora aponta para uma estabilização nas regiões de Lisboa e Porto e espera alcançar os 50 milhões de euros em transações, duplicando assim o valor registado no mesmo período do ano anterior.
Nélio Leão, CEO da Imovendo, explica que “ainda existe muita incerteza quanto a uma subida das taxas de juro, que a acontecer terá de ser ou em julho e/ou em setembro de 2022 meses em que a comissão executiva do BCE se reúne com os governadores dos bancos centrais da zona euro, mas estima-se que esse aumento se possa situar nos 25pb caso o mesmo ocorra”.

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