Diário dos Açores

Ninguém também é alguém

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Embora se saiba que, durante a história do homem, sempre existiram pessoas com carisma que atraem imitadores e seguidores, desde as novas tecnologias como a televisão, e antes disso, o cinema, é possível encontrar pessoas que querem estar perto de outras, porque são bonitas. E, embora façamos isto com frequência, é como escolher a refeição com base na cor e na imagem, em vez do sabor ou do cheiro.
Há muito mais na avaliação de algumas pessoas acerca de ti do que teu apelo sexual ou físico.
Mas a maioria das pessoas não entende isso, elas tentam imitar o que acham atraente nos outros para tentarem ser elas mesmas encantadoras, dando origem a um circulo.
Talvez por isso a gente encontre as pessoas em grupos, conforme os seus interesses e aquilo que acham cativante. Para uns as actualidades, as novelas, a beleza e simetrias, a música, as artes, a cultura, a sabedoria.
As pessoas esquecem, ou simplesmente não sabem, que as coisas que as tornam encantadoras são exclusivas da sua personalidade. As mesmas coisas que tornam uma pessoa atraente, como a sua capacidade de ficar quieta, ou de não ripostar, calar e ouvir, podem fazer outra pessoa (as extrovertidas, p.e.) parecer estranha, triste ou desanimadora.
Portanto, para entenderes o que te torna atraente, deves conhecer-te  a ti mesmo e as coisas que já atraem as pessoas. Não há necessidade de agir como o bad boy ou um outro qualquer estereotipo.
Hoje, quase todos querem ser outra pessoa.
Todos nós nos tornamos assustados, frágeis e inseguros porque nos importamos mais com a forma como as pessoas nos veem do que como realmente somos.
Ninguém realmente mostra quem é.
E é, também, por isso que a depressão está em ascensão.
Para a semana desenvolvo mais um pouco.

Haja saúde.

Dionísio Fernandes *

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