Açores continuam a ser os últimos em coesão, dos piores em competitividade e piorou na qualidade ambiental
Diário dos Açores

Açores continuam a ser os últimos em coesão, dos piores em competitividade e piorou na qualidade ambiental

Previous Article Previous Article Bolieiro garante que não haverá despedimentos colectivos na SATA

Em 2020, primeiro ano da pandemia Covid-19, verificou-se, face ao ano anterior, uma diminuição no país da disparidade territorial dos resultados dos índices de qualidade ambiental e de coesão – atingindo-se o valor mais baixo de toda a série nesta última dimensão – e um aumento da disparidade no índice de competitividade – o valor mais elevado desde 2011.
Segundo o estudo do INE sobre o “Índice Sintético de Desenvolvimento 2020”, divulgado ontem, entre as 25 regiões do país, os Açores mantêm-se em último lugar na coesão em antepenúltimo na competitividade e em 5º lugar na qualidade ambiental, piorando um lugar em relação a 2019, quando já foi primeiro, mas destronado pela Madeira.

Índice de competitividade

Os resultados de 2020 revelam que as sub-regiões com um índice de competitividade mais elevado se concentram no Litoral do Continente. A Área Metropolitana de Lisboa (113,45) apresentava o índice mais elevado destacando-se das restantes sub-regiões com valores superiores à média nacional: Região de Aveiro (107,09) e Área Metropolitana do Porto (105,56). De uma forma geral, o Interior continental e as regiões autónomas apresentavam um índice de competitividade mais reduzido em comparação com o Litoral continental.
Entre as três dimensões do desenvolvimento regional, o índice de competitividade nas NUTS III portuguesas apresentava a maior disparidade regional, aferido pelo coeficiente de variação.

Índice de coesão

No índice de coesão, os resultados refletem um retrato territorial mais equilibrado que o observado para a competitividade na medida em que sete sub-regiões superavam a média nacional: a Região de Coimbra (106,86), com o índice de coesão mais elevado, no Litoral norte, o Cávado (106,56) e a Área Metropolitana do Porto (102,20), no Litoral centro, a Região de Aveiro (101,75), a Região de Leiria (101,14) e o Médio Tejo (100,55) e, mais a sul, a Área Metropolitana de Lisboa (105,51).
As regiões autónomas dos Açores e da Madeira, o território da Região Norte, constituído pelo Douro e Tâmega e Sousa, e, a sul, o Baixo Alentejo apresentavam os índices de coesão mais baixos.

Índice de
qualidade ambiental

Os resultados de 2020 refletem uma imagem territorial tendencialmente simétrica à da competitividade, verificando-se uma concentração de sub-regiões com índices de qualidade ambiental mais elevados no Interior continental e nas regiões autónomas, com o padrão territorial dos resultados desta dimensão a sugerir um aumento progressivo da qualidade ambiental do Litoral para o Interior continental. Neste contexto, importa destacar as NUTS III da faixa Litoral do Continente – Alto Minho (103,23), Área Metropolitana do Porto (101,20), Região de Coimbra (100,82) e Região de Leiria (100,55) – com resultados superiores à média nacional.
A média nacional nesta dimensão era superada por 17 NUTS III, verificando-se uma disparidade territorial menor que a observada nas restantes dimensões. Entre as oito sub-regiões com índices abaixo da média nacional, encontravam-se cinco das 10 NUTS III mais competitivas: Cávado, Região de Aveiro, Oeste, Área Metropolitana de Lisboa e Alentejo Litoral.
A Região Autónoma da Madeira (110,98) era, em 2020, a NUTS III com melhor desempenho no índice de qualidade ambiental.

Índice de
Desenvolvimento Regional

O índice sintético de desenvolvimento regional é o resultado do desempenho conjunto das dimensões (índices parciais) competitividade, coesão e qualidade ambiental.
Os resultados de 2020 revelam que cinco das 25 sub-regiões NUTS III superavam a média nacional – as áreas metropolitanas de Lisboa (105,96) e do Porto (103,06), a Região de Aveiro (101,76), o Cávado (101,23) e a Região de Coimbra (100,50). Os Açores classificam-se em antepenúltimo desta lista.
Em 2020, a Área Metropolitana do Porto era a única sub-região com um desempenho acima da média nacional nos quatro índices compósitos, situação que se verifica desde 2018. A Área Metropolitana de Lisboa, a Região de Aveiro, Região de Coimbra e o Cávado também se situavam acima da média nacional no índice sintético de desenvolvimento regional.

Share

Print
Ordem da notícia908

Theme picker