A Federação Agrícola dos Açores alertou ontem que os produtores de leite na Rregião atravessam um período crítico, atendendo à escalada internacional de preços das matérias-primas, dos fertilizantes, dos fretes marítimos ou dos combustíveis, e que tendem a aumentar face às repercussões da guerra na Ucrânia.
“O aumento dos custos de produção foram exponenciais e contribuem em larga escala, para o estrangulamento financeiro de muitas explorações”, afirma aquela Federação em nota enviada ao nosso jornal.
Em sentido contrário, os mercados dos produtos lácteos a nível internacional registam constantes melhorias que infelizmente, não são na sua totalidade reflectidas no preço de leite pago ao produtor na região, acrescenta a nota.
Na Europa, tem havido um aumento generalizado dos preços de leite, alargando-se cada vez mais o diferencial entre produtores regionais e europeus.
“Embora já se tenham registado algumas subidas nos Açores, e no caso de São Miguel exista uma subida prevista para julho, de 2 cêntimos por litro, pela Bel, Prolacto e Insulac, o preço de leite pago aos produtores na região continua a ser o mais baixo da Europa. Saliente-se que nas restantes ilhas, o preço de leite pago aos produtores deveria subir duma forma acentuada, para que a desmotivação existente na produção, seja devidamente contrariada”, sublinha a federação Agrícola.
E conclui: “Os produtores de leite dos Açores têm de ter um rendimento justo e de acordo com as tendências dos mercados, já que a fileira do leite continua a ser a atividade económica mais importante da Região Autónoma dos Açores”.