Nível de alerta em São Jorge baixa de V4 para para V3
Diário dos Açores

Nível de alerta em São Jorge baixa de V4 para para V3

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O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) baixou o nível de alerta na ilha de São Jorge de V4 (ameaça de erupção) para V3 (sistema activo sem iminência de erupção).
No ‘briefing’ semanal para actualização da situação sismovulcânica, realizado no concelho das Velas, em São Jorge, o Presidente do CIVISA explicou que a decisão se deve “à tendência decrescente da sismicidade que se tem vindo a registar, quer na frequência diária, quer na magnitude dos sismos desde o início de Abril, ponteada por alguns incrementos”.
Rui Marques sublinhou que a descida do índice de alerta vulcânico “não quer dizer que esta situação tenha estabilizado ou tão pouco acabado” e “não é de descartar a hipótese deste índice de alerta científico poder novamente subir face a alterações no sistema”.
“Estamos a baixar o nosso nível de alerta, mas o sistema fissural vulcânico de Manadas, na ilha de São Jorge, mantém-se activo”, vincou.
A ilha de São Jorge estava com o nível de alerta vulcânico V4 de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”, na sequência da crise sismovulcânica registada desde 19 de março.
De acordo com o CIVISA, no nível V3 de alerta “não há possibilidade iminente de erupção, mas sistema continua activo”.
“Não havendo outros parâmetros anómalos ao nível da deformação e da geoquímica de gases e de águas” foi deliberado baixar o nível de alerta vulcânico de V4 para V3”, disse Rui Marques.
Rui Marques garantiu que “a capacidade de monitorização projectada para a ilha de São Jorge e a capacidade humana” permite “verificar alguma alteração no sistema”.
De acordo com o Presidente do CIVISA, todos os equipamentos projectados para a ilha “serão mantidos”.
Relativamente à capacidade dos recursos humanos, “oscilará com o tempo, mas sempre mantendo pelo menos um elemento em São Jorge que zelará pelo bom funcionamento das redes de monitorização”, assegurou Rui Marques.
De acordo o responsável, quanto à última semana, “não há grandes alterações a registar”, tendo sido contabilizados um total de “792 eventos, dos quais três foram sentidos pela população”.
“Há a registar desde o dia 6 de Junho um decréscimo significativo da frequência diária de sismos”, adiantou.
O Presidente do CIVISA adiantou que, desde o início da crise foram registados “37.411 eventos, dos quais 287 foram sentidos pela população”.
De acordo com o CIVISA, a região epicentral mantém-se e as ocorrências continuam a localizar-se entre os 7,5 e os 12 quilómetros de profundidade.

Protecção Civil mantém
dispositivo

A Protecção Civil dos Açores vai manter o dispositivo instalado em São Jorge, apesar da descida do nível de alerta, de V4 (ameaça de erupção) para V3 (sistema ativo sem iminência de erupção).
No ‘briefing’ para actualização da situação sismovulcânica, nas Velas, em São Jorge, o Presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores(SRPCBA), Eduardo Faria, disse que vai permanecer na ilha “o dispositivo que está instalado no terreno”.
“Poderão existir alguns reajustes pontuais, dependendo das entidades que estão deslocadas na ilha”, acrescentou Eduardo Faria.
O Presidente da Proteção Civil dos Açores disse que as populações devem “continuar vigilantes e prontas para reagir a alguma informação dada pelas entidades oficiais e que exijam alguma tomada de acção”.
“Tranquilidade, mas vigilância e atenção”, reforçou.
Rui Costa, do Comando Operacional dos Açores garantiu que se “mantém as capacidades” na ilha de São Jorge, admitindo “algum reajuste de pormenor”.
Para o Presidente da Câmara Municipal das Velas, Luís Silveira, a descida do nível de alerta na ilha “é um sinal positivo”.
“Hoje é um dia feliz para nós, mas sem descurar a atenção que se deve continuar a dar a esta situação. Esta descida de alerta é um sinal positivo. E ficamos na expectativa de que seja uma evolução até à estabilização total”, afirmou o autarca.
Luís Silveira assinalou que já se nota em São Jorge “um nível de turismo considerável” e a “retoma da normalidade vai acontecendo”.
“Os turistas estão a chegar a São Jorge. Mas, há aqui claramente prejuízos sociais e económicos, sobretudo nos meses de Abril e Maio”, sustentou.

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