Diário dos Açores

Coroa do Espírito Santo IV

Previous Article A estrela cadente de Macron
Next Article “Boa Nova de Portas Abertas” no MAH

Pelo Espírito Santo
Coroar não era espanto
Fazer-se anualmente
Rainha santa Isabel
Primeiro que São Miguel
Sempre o fez no Continente

Igreja Espírito Santo
D. Isabel lá fundou
E cobriu Rei com seu manto
As festas que realizou

Suas Populares, folias
Costumes em tempos antigos
Se levavam alguns dias
Maior parte era mendigos

Se Irmandade tem bastão
A Coroa acompanhava
Uma cana cada irmão
Na mão no cortejo levava

Fazia-se procissão
Com a candeia adiante
Igreja benzia o pão
Mas a sopa era importante

Pois lá no dia seguinte
No Bodo se consumia
Entre Povo o pedinte
Com Clero e Nobre comia

Da Igreja ao Convento
A Coroa, iam buscar
Era um certo movimento
Para se ir coroar

Com lindas festividades
Já se sabe religiosas
Vinham de várias Cidades
A pé e muitas carroças

Na cabeça Imperador
A Coroa lá levava
Se no dia era um Senhor
Pois só ele, coroava

Se o mais pobre conduzia
Lá Coroa ao altar
Como a do Rei é que ia
Resolveu outra comprar

Se até ali serviu
A sua p’ra coroar
Rei D. Dinis decidiu
Uma nova arranjar

Mandou fazer parecida
Não sendo a sua um espanto
Coroa o resto da vida
Ficou de Espírito Santo

João Sardinha *

Share

Print

Theme picker